Assoremo
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Desde que o Clube do Remo perdeu o título do segundo turno do Campeonato Paraense para o Paragominas, a torcida azulina está revoltada. Várias frentes se formam para protestar contra a atual diretoria do clube. Uns são mais diplomatas, outros mais severos. No dia de ontem, duas dessas frentes mostraram sua indignação e preocupação com o futuro do Leão Azul – atualmente apenas com a expectativa de fazer mais uma temporada de jogos pelo interior do Estado contra equipes amadoras.

Por volta das 13h30 de ontem, a Associação de Sócios do Clube do Remo (Assoremo) deu entrada no Fórum Cível da Capital, localizado no bairro da Cidade Velha, na ação que pede a ata de presença das últimas 30 reuniões do Conselho Deliberativo (Condel) do Remo. Segundo Thiago Passos, presidente da Assoremo, a ação, chamada de Medida Cautelar Exibitória de Documentos, tem a intenção de analisar a frequência dos conselheiros do Leão Azul.

“Demos entrada nessa medida cautelar onde queremos comprovar a ausência dos conselheiros, que já sabemos que é grande”, conta Thiago. Dessa forma, baseado no Estatuto do próprio clube, a Assoremo conseguiria desconfigurar o Condel azulino. “Sabemos que três ausências acarretam na exclusão do conselheiro. Se a maioria estiver nessa situação, como sócios, poderemos pedir a reformulação do Condel e, consequentemente, do Codir (Conselho Diretor)”, explica Passos.

A previsão para que o Remo, através de Manoel Ribeiro, presidente do Condel, apresente os documentos é o mais breve possível. “Com novo conselho, poderemos conseguir eleições diretas para esse ano”, afirma o presidente da Assoremo.

Já na parte da noite, um grupo de cerca de 30 torcedores ligados a uma torcida organizada, fez um protesto em frente à sede social do Remo, na Avenida Nazaré. Concentrados na Praça Santuário, os torcedores se dirigiram até a sede por volta das 19h30. Gritos de ordem e pedido do afastamento dos diretores do clube, marcaram a manifestação pacífica. Mesmo assim, três carros da Polícia Militar fizeram a proteção do prédio do Leão. O diretor de futebol, Maurício Bororó, esteve no local e conversou com os manifestantes.

“Foi um protesto pacífico, mas de revolta de torcedores apaixonados pelo clube. Essa situação é intolerável. Não queremos mais que comprem vaga, isso pra gente é humilhação. Queremos sim a saída dessas ‘múmias'”, exige Alexandre Gonçalves, um dos líderes do movimento. Segundo ele, novos protestos estão sendo programados. “No próximo, vamos trazer água e esponja para limpar a sede”, promete.

Diário do Pará, 10/05/2013