O sucesso do Re-Pa pode ser refletido pela quantidade de torcedores que debaixo de sol e chuva se deslocaram ao Colosso do Bengui e protagonizaram um espetáculo digno de qualquer clássico mundial. Aliás, o Re-Pa de número 713, só não foi melhor devido ao estrago causado pelo temporal típico do inverno amazônico, o que exigiu, além de futebol, um pouco da paciência dos jogadores, fato não levado muito a sério diante do número elevado de faltas e pegadas mais fortes.
Desta vez o Clube do Remo levou a melhor, fez das poucas oportunidades as únicas que precisava. Em dois lances de contra-ataque a defesa não suportou a velocidade, ora pega de surpresa, ora tecnicamente sucumbiu ao projeto infalível, que na visão do torcedor, foi suficiente para dar ao Leão os três pontos com folga. “Do que adianta o time jogar mais tempo com a bola, se as finalizações é o que realmente interessam? O Remo ganhou na raça, e contra fatos não existem argumentos”, disse o economista Raul Paiva, sobre o resultado favorável aos azulinos.
Por outro lado, a inconformidade foi grande e ao mesmo tempo difícil de entender, como um volume maior não surtiu efeito, tendo uma base já mantida e o entrosamento nítido entre as peças. “O Remo jogou retrancado, o Paysandu mandou bem mais, nos dois tempos. Não dá para entender como a bola não entrou, a diferença toda foi essa. O Remo teve sorte, enquanto o Paysandu não soube aproveitar”, rebate o estudante Almir Guedes, que viu no time bicolor, além da superioridade, um toque de bola mais elaborado, mas não o suficiente para dar a pontuação e a briga pela ponta da tabela do Parazão.
Diário do Pará, 28/01/2013