Vanessa Egla
Vanessa Egla

Na última sexta-feira (12/07), os advogados responsáveis pela ação do torcedor Wendel Figueiredo, que pede a inclusão do Clube do Remo no Campeonato Brasileiro da Série D, através da Justiça Comum, anunciaram que fariam a retirada da ação, após a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que aplicou multa de R$ 20 mil ao Leão, além de suspensão das competições nacionais. Ao final da tarde, porém, a decisão mudou e a briga judicial continua, graças aos inúmeros pedidos da torcida azulina.

“Primeiramente, o apoio da torcida do Remo para que nós insistíssemos mais um pouco. As nossas famílias, os remistas, queriam continuássemos com essa representação e nós somos parte da torcida. A partir disso, fizemos um estudo da causa, conversamos com outros advogados e montamos uma estratégia”, revela o advogado Valber Motta.

Segundo ele, o prímeiro passo na nova empreitada vai ser tentar anular a decisão do STJD, com base na negação da ampla defesa, já que a advogada representante, Izabelle Baker, foi impedida de participar do julgamento.

Para Motta, se o movimento tivesse mais apoio, o andamento poderia ser diferente. “Existe um tratamento diferente com a gente aqui do Norte. A CBF trata o Remo como mais um clube da região Norte. Em segundo, a nossa Federação não tomou partido. E o terceiro é o próprio Remo, Sérgio Cabeça não teve o cuidado de tratar essa questão da Série D de maneira mais profissional e acabou dando nisso”, critica.

Ainda conforme o advogado, os clubes do Pará apagam o preço de uma desorganização. “Depois que esse processo tiver sido resolvido, Vanessa Egla (outra advogada da causa) e eu já decidimos que vamos participar do processo de transformação do Remo. Tive oportunidade de participar de várias reuniões para ajudar o clube e sempre fui totalmente contrário ao xingamento de diretores antigos. Todos tiveram suas contribuições, mas é preciso dar espaço a outros”, encerra.

Diário do Pará, 14/07/2013