Se os últimos treinadores que passaram pelo Baenão eram questionados por pouco utilizarem a base do Remo, Charles Guerreiro não corre esse risco. Desde que assumiu o Leão Azul, após o Campeonato Paraense deste ano, o treinador já utilizou 13 jogadores criados no clube e pode aumentar em breve com a promoção de pelo menos oito atletas que estavam disputando a Copa do Brasil Sub-20, como o goleiro Jader, os volantes Nadson e Raí, o meia Rodrigo e os atacantes Guilherme e Sílvio. Os jogadores foram alguns dos destaques da equipe sub-20 na competição nacional e despertaram o interesse da comissão técnica do time principal.
Atrapalhado por uma instabilidade no ombro esquerdo, que já provocou a saída do braço do lugar em três jogos só neste ano, o garoto Sílvio terá de esperar um pouco mais que os demais colegas para ser aproveitado por Guerreiro. Ele terá que ser submetido a uma cirurgia para corrigir o problema.
“O Sílvio é um garoto que está subindo agora e queríamos que ele fizesse um trabalho para melhorar a parte física e corrigir o problema de luxação no ombro”, afirmou o comandante remista, explicando a não utilização do atacante no amistoso de ontem, contra o Independente.
Quando estiver plenamente recuperado da intervenção cirúrgica, Sílvio encontrará outros jogadores reveleados pelas categorias de base do Leão: o lateral-esquerdo Williams, o volante Warian Santos, o volante Jhonnatan e o meia-atacante Edicléber, além do promissor atacante Raylan, de apenas 15 anos. Todos eles são apostas de Guerreiro e da direção azulina para um futuro promissor com a camisa do Remo.
“Esses meninos têm condições de atuar. Essa identidade com o clube desde a base pode favorecer se eles se inserirem no trabalho aqui do profissional. Se o momento deles vai ser no ano que vem ou se eles são para mais tarde, para ter mais experiência, o importante é que eles estão no caminho certo. É questão de tempo que o Remo tenha jogadores revelados e com muita identidade com o clube”, projetou Guerreiro, responsável por montar o elenco com vistas ao Parazão.
O Liberal, 27/10/2013