Para o lateral-direito Walber, aquele ditado “os últimos serão os primeiros” está funcionando de maneira invertida no ano de 2013. Walber fez parte da primeira remessa de contratações do Clube do Remo para essa temporada. Ao lado de Dida, Thiaguinho, Branco e Endy, foi um dos primeiros reforços a se apresentar no Baenão, no longínquo 03/12/2012.
O tempo passou e de primeiro a chegar ao Baenão começou a ser esquecido devido um sério problema de contusão no adutor da coxa, que o tirou não somente da pré-temporada em Castanhal, mas praticamente de toda a fase classificatória do primeiro turno do Parazão. Curado, o lateral teve oportunidade de entrar no segundo tempo contra o Águia de Marabá. Entretanto, um lance de imprudência continuou dando espaço ao azar: Walber ficou apenas cinco minutos em campo e acabou expulsou por dar um carrinho no goleiro adversário em uma disputa de bola.
“Foi um lance de imprudência minha mesmo. Cheguei deslizando por causa do gramado molhado”, confessa, prosseguindo. “Mas o juiz também foi pelo bandeirinha que estava sendo influenciado pelo banco de reservas do time deles (Águia). Ele vinha para me dar amarelo, mas acabou me expulsando”, tenta justificar.
Em meio a todos esses contratempos, o lado direito do Leão foi sendo ocupado como pôde. Quatro jogadores passaram por lá, quase todos de maneira improvisada. Até o lateral de oficio, Rodrigo Guerra, não se encaixou. Mas no futebol existe uma diferença entre ala e lateral e Walber sabe disso. “Fui contratado como ala mesmo e, nesse esquema, de 3-5-2, só funciona ala. Acredito que meus companheiros tiveram essa dificuldade de adaptação porque não é fácil jogar como ala: tem que estar atacando e marcando junto”, diz.
Agora, 100% recuperado e com a vaga garantida por ser ala de ofício e de confiança do técnico Flávio Araújo desde os tempos de América (RN), Walber ganhou mais um motivo para comemorar essa semana: seu julgamento por aquela expulsão em Marabá ainda não tem data marcada. Sendo assim, os primeiros a chegar, continuam sendo os primeiros jogar. “Fiquei um pouco triste e abalado por essas situações que aconteceram comigo, mas graças a Deus, veio alívio por ainda não ser julgado. Estou muito feliz por estar ajudando o Remo”, diz.
Diário do Pará, 20/02/2013