Mais uma vez o Clube do Remo deixou escapar a chance de quebrar um jejum tão incômodo quanto a vexatória confusão instalada após o empate bicolor.
Depois de ter cumprido um primeiro tempo exatamente como mandava o protocolo do título – aos 21 minutos da etapa inicial já vencia por 2 a 0 -, não resistiu à pressão imposta pelo adversário quando o técnico Roberto Fernandes resolveu recuar o time, tirando o meia-atacante Thiago Potiguar para a entrada do zagueiro Rubran.
A partir daí, o Remo já pegara os primeiros sufocos na área. Com o cartão amarelo de Leandro Cearense, o treinador achou prudente tirá-lo para a ida ao gramado do meia Ratinho, até então a arma secreta guardada a sete chaves.
Em campo, o “roedor” cumpriu um papel atípico: chamou a marcação pesada. Nos primeiros 20 minutos de sua entrada, já havia levado quatro faltas duras. Nesse momento começava a ruir o esquema tático azulino. Era questão de tempo, haja vista a pressão bicolor.
Por fim, parecendo chamar o adversário, Fernandes tirou o lateral Alex Ruan e colocou mais um homem de zaga, Carlinho Rech. A chance desperdiçada por Rony, no fim do segundo tempo, já prenunciava o que viria. Era uma vez um título.
“Infelizmente, não conseguimos o nosso objetivo. O time vacilou e, em uma jogada de bola parada, eles conseguiram empatar”, lamentou o zagueiro Raphael Andrade.
Diário do Pará, 29/05/2014