O técnico interino do Leão Azul, Agnaldo de Jesus, garante que a crise em campo e fora dele não irá afetar o desempenho do Remo contra o Paysandu no clássico desta noite, válido pelas semifinais da Copa Verde, no Mangueirão.
O atual responsável pelo time remista ignorou a fase conturbada fora de campo, que culminou com a demissão do técnico Charles Guerreiro, e pediu respeito à história do clube. “Seu Boneco” ainda disse que aposta em um bom desempenho de sua equipe na primeira partida sob o seu comando.
“O torcedor do Clube do Remo pode ter certeza de que será uma equipe muito aguerrida, concentrada nos 90 minutos. Será um time organizado e marcando forte quando não estiver com a bola. Com a posse de bola, vamos procurar jogar, achar o melhor companheiro. Os jogadores sabem que é um jogo diferente, um mata-mata contra o maior rival”, comentou Agnaldo, em entrevista coletiva.
“Espero fazer um bom trabalho no domingo para que o Remo saia vencedor do clássico”, acrescentou o técnico interino, que destacou a importância do apoio do torcedor remista neste momento delicado. “Os jogadores e nós, da comissão técnica, sentiremos a presença dos torcedores. Eles ajudarão para que a gente possa sair com a vitória”, defendeu.
Ídolo da torcida remista nos anos 1990, quando foi campeão paraense em 1991 e participou da conquista do pentacampeonato estadual (entre 1993 e 1997), além de ter sido campeão 100% do Parazão 2004, como treinador, Agnaldo de Jesus espera utilizar sua larga experiência em Re-Pa a fim de buscar um resultado positivo diante do rival. O comandante interino destacou ainda que o “fator superação” será o mais importante para atingir este objetivo no compromisso deste domingo.
“Para mim (Re-Pa) não é novidade, estamos acostumados, já faz parte da minha vida. Nós temos que ter o fator superação. Os jogadores precisam se doar mais, para que possamos dar a volta por cima. Vou continuar trabalhando firme e forte. O meu perfil é de cobrar sempre mais do atleta, a gente sabe que eles sempre podem dar um pouquinho mais. Quero extrair deles tudo o que puder para que, juntos, possamos dar essa volta por cima”, enfatizou.
O treinador ainda contou que a diretoria não se posicionou sobre o seu futuro após o jogo de hoje. “Não estou preocupado com isso. Quem me trouxe para o Remo foi o Charles, tanto que pedi para sair com ele. Foi o Charles que falou para eu ficar, pela identidade que tenho no clube, pelo respeito da torcida e imprensa por mim. O Pirão também veio falar comigo e, em respeito que tenho por esse clube, pela história, nós ficaremos juntos. Agora, quando chegar o treinador, estou à disposição do Clube do Remo”, disse, quando questionado se poderia permanecer até o fim do ano no comando do Remo.
Amazônia, 16/03/2014