Com grande público presente ao Mangueirão, oficialmente 18.864 pagantes (renda de R$ 522.232,00), os riscos de novos incidentes eram imensos. O Remo se cercou de cuidados, contratando até segurança particular e proibindo a presença de sua facção organizada mais violenta. Não foi suficiente.
Ao final da partida, quando o trio de arbitragem deixava o campo, uma garrafa de plástico foi atirada em direção ao apitador. De imediato, os seguranças identificaram o autor do arremesso e conduziram à delegacia mais próxima, mas a possibilidade de nova punição volta a assombrar o clube, que já foi denunciado durante a semana pelos violentos incidentes no estádio Diogão, em Bragança.
Caso seja punido no primeiro julgamento, o Remo compromete sua caminhada (se houver) na Série D e até a participação em torneios no ano que vem. A bola de neve se estabelece: com jogos fora de Belém, as arrecadações caem e o time sofre no aspecto técnico. A receita cai e a crise financeira se agrava.
Assiste-se a uma ação orquestrada para sabotar os dois grandes clubes de Belém – fato parecido ocorreu na reabertura da Curuzu. Em atos isolados, mas passíveis de punição nos tribunais, os inimigos do futebol inviabilizam aos poucos a vida financeira dos clubes, que dependem quase que inteiramente das rendas dos jogos.
Já passou a hora de medidas mais drásticas, que devem ser tomadas em conjunto pelos principais interessados. É como a história da saúva. Ou eles acabam com os vândalos ou os vândalos provocam a falência de ambos.
Blog do Gerson Nogueira, 28/09/2014
Clique aqui e assista aos gols de Remo 1×2 Brasiliense (DF)