Uma suposta entrevista do atacante Alvinho a um blog de Currais Novos (RN) promete tumultuar o ambiente do Remo. À imprensa da sua terra natal, Alvinho alegou que a sua passagem pelo Baenão foi interrompida em função de acordos não cumpridos pela diretoria de futebol. O atleta disse que não tinha contrato assinado, embora tenha passado quase um mês treinando normalmente com o grupo.
Outra pendência diz respeito à questão do salário, conforme a versão sustentada pelo próprio atleta. Segundo a entrevista, o clube azulino havia prometido um salário maior do que o jogador recebia no ABC (RN). No final das contas, porém, o Remo quis pagar um terço do salário prometido e Alvinho não aceitou.
Se não bastassem as divergências entre as partes, ainda havia uma questão envolvendo moradia. O atacante afirmou que estava morando embaixo de uma arquibancada e a promessa era que o clube adquirisse um apartamento, inclusive, para facilitar a mudança da sua família a Belém.
Há menos de uma semana, a diretoria azulina, por meio de Thiago Passos, veio a público alegar que a iniciativa para a liberação de Alvinho tinha partido do próprio atleta.
“Alvinho nos procurou. Ele casou recentemente, tem um filho pequeno. Está com saudade da família, saudade da terra dele. Dentro de uma conversa, não criamos empecilho para liberar o atleta”, disse Passos.
Roberto Fernandes também comentou o caso na última sexta-feira, 15/08. Segundo o treinador, o problema era, de fato, de ordem pessoal.
“Alvinho infelizmente saiu. Poucas vezes vi um atleta de futebol tão triste. Ele chegou a me dizer, na última conversa que tivemos, que se o Remo dobrasse o seu salário, mesmo assim não queria mais ficar”, lembrou.
Alvinho não chegou a estrear oficialmente com a camisa azulina. Em um amistoso contra a seleção da Etiópia, porém, ele jogou e foi o autor do único gol da partida. Se há versões contraditórias, o fato é que a diretoria se apressa para aliviar uma folha salarial que atingiu a cifra de R$ 300 mil, uma das maiores da Série D do Campeonato Brasileiro.
Amazônia, 20/08/2014
