O estádio São Benedito, popularmente chamado de “Diogão”, em Bragança, será a casa remista nos primeiros jogos da Série D do Campeonato Brasileiro, caso o clube não consiga reverter a pena de ter que jogar com portões fechados, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O presidente do Remo, Zeca Pirão, e o vice Marco Antônio Pina estiveram, no último final de semana, na cidade de Bragança, acompanhados por membros da administração local. As partes fecharam acordo verbal para a realização das 4 primeiras partidas do Remo na Série D do Brasileirão.
Segundo Zeca Pirão, o estádio tem capacidade para 12 mil pagantes e precisa de pequenos ajustes, relacionados a pintura do gramado, além de melhorias nos vestiários. Ainda de acordo com Pirão, o acordo com a prefeitura envolve alimentação e hospedagem da delegação azulina, despesas que seriam bancadas pela prefeitura local.
Sem ter ideia do calendário de jogos, Zeca Pirão definiu que a ideia é levar a delegação cerca de 10 dias, antes da primeira partida, para Bragança. Seria uma espécie de pré-temporada, que funcionaria também como período de adaptação ao estádio.
O vice-presidente do Remo, Marco Antônio, disse que a diretoria aprovou a estrutura no interior paraense. “A cidade de Bragança é agradável e tem condições de receber os jogos do Remo na Série D. A administração do estádio se prontificou a fazer as melhorias necessárias e enviar os laudos de segurança para a Federação (Paraense de Futebol) e CBF. É um município próximo de Belém, o que ajuda no acesso dos nossos torcedores, que podem se programar para os jogos do clube”, afirmou.
O Remo foi punido pelo STJD com a perda de 4 mandos de campo. Os incidentes provocados por torcedores, que jogaram objetos em direção ao gramado do Mangueirão durante a partida contra o Mixto (MT), pela Série D de 2012, foi o episódio que acarretou a pena. A punição obriga o Leão a jogar as partidas em um raio de, pelo menos, 100 quilômetros distante de Belém.
Porém, apesar do acordo verbal, a diretoria remista também trabalha em outra frente. O Departamento Jurídico do Remo dará entrada no STJD com um pedido que visa amenizar a pena.
A provável ida para Bragança não foi a única notícia dos bastidores azulinos. Em emissoras de rádio, Zeca Pirão apelou para que a torcida azulina prestigie o time nos jogos da Taça Estado do Pará, sob pena de o salário do elenco continuar atrasado.
“A torcida precisa incentivar para sermos campeões e também honrarmos o nosso compromisso, que está atrasado”, alegou. Não é a primeira vez que a diretoria azulina condiciona o pagamento dos salários do grupo à arrecadação de bilheteria dos jogos. O Remo está há quase 20 dias sem um jogo oficial. Mensalmente, o plantel custa aproximadamente R$ 550 mil.
Amazônia, 20/05/2014