Foi realizada ontem, na 17ª Vara Trabalhista de Belém, a quarta audiência envolvendo o jogador Zé Soares e o Clube do Remo. Entre rescisão contratual, danos morais e outros direitos que diz ter, o atleta reclama o pagamento de R$ 1.458.034,49. O clube contesta esse valor. No encontro de ontem, não houve acordo entre as partes e a sentença ficou marcada de ser proferida pelo juiz no dia 05/02.
De acordo com o vice-presidente do Leão Azul, advogado Marco Antônio Pina, a briga promete ser longa. “O Remo vai lutar até as últimas consequências para evitar esse desperdício de dinheiro. Zé Soares não produziu nada para o Remo e não vamos fazer acordo com o jogador”, disse Magnata.
Na audiência de ontem, nenhuma das testemunhas esteve presente. Pelo lado do jogador, o também ex-azulino Thiago Potiguar. Pelo clube, o ex-gerente executivo de futebol Emerson Dias. Segundo a advogada do Remo no caso, Vanessa Egla, as ausências não trouxeram nenhum problema ao caso. “As duas testemunhas faltaram, mas como não houve acordo entre as partes essas ausências não criaram nenhum prejuízo ao Remo. Nesse caso, as provas processuais são mais importantes”, comentou.
Emerson Dias, que tinha contrato com o clube até o final do ano que vem e estaria com 4 meses de salários atrasados, afirmou que estava a caminho do Tribunal Regional do Trabalho quando soube que não precisaria mais testemunhar. “Liguei para a Vanessa para dizer que estava a caminho, mas fui informado que não haveria acordo, por isso minha presença lá não seria mais necessária, mas não faltei, não”, defendeu-se.
Zé Soares foi contratado pelo Remo em dezembro de 2013 para a temporada de 2014. Passou por vários problemas musculares durante o Campeonato Paraense e, sem agradar nas partidas que jogou, foi dispensado. O atacante chegou a participar de reuniões com a cúpula remista para tentar um acordo a fim de rescindir seu contrato com o clube, mas não teve êxito e resolveu mover uma ação na Justiça Trabalhista.
Amazônia, 02/12/2014
