Por volta dos 43 minutos do primeiro tempo, o River (PI) dominava a partida. Atacava por todos os lados, enquanto a zaga do Remo encontrava-se perdida. A sorte azulina apoiou-se no lance desperdiçado pelo atacante Eduardo, em cobrança de pênalti, para fora, aos 38′. O problema, no entanto, deslocou-se para as arquibancadas, onde “torcidas organizadas” dos dois times partiram para a briga.
O tumulto assumiu grandes proporções e a partida precisou ser paralisada. Um festival de pedradas, pedaços de pau, fogos e até focos de tiros foram ouvidos no restante do estádio. Uma grande confusão se armou e os treinadores exigiram parada técnica até que a Polícia Militar contornasse a situação. Somente 11 minutos depois, o jogo pôde ser reiniciado.
A atitude irresponsável, segundo informações de bastidores, foi tramada com a participação de “torcedores” de uma organizada do Paysandu, que reforçaram a torcida do River (PI), no intuito de promover a baderna no local, com risco direto ao próprio Clube do Remo perder mandos de jogos, a exemplo da própria obrigação de disputar suas partidas no Diogão.
“O Clube do Remo cansou de ser penalizado. Diante desse tumulto, fomos à delegacia e identificamos todos os envolvidos nesta confusão. São seis torcedores de uma facção do River (PI) e dois da facção bicolor. Acabei de entregar para o árbitro da partida as informações e isso será relatado na súmula”, rebateu o vice-presidente azulino, Marco Antônio Pina. Os dois torcedores do Paysandu foram identificados como Antônio Moraes Reis e Éderson Couceiro da Costa.
O vice-presidente da Federação Paraense de Futebol também lamentou o episódio. “Infelizmente, o maior prejudicado é o Remo, como mandante”, admite Maurício Bororó.
Diário do Pará, 15/09/2014