Dadá não marcou nenhum gol em 16 jogos pelo Remo. Volante, essa não é a sua principal função em campo. A força na marcação, as roubadas de bola e a proteção à defesa são as armas com as quais enfrenta os adversários. Por isso, aos 30 anos, sabe dar valor a cada centímetro conquistado no território do rival, como aconteceu na vitória por 4 a 0 sobre o Independente, que valeu a vaga na decisão da Taça Estado do Pará, quando atuou como único volante da equipe.
Por isso mesmo, ele não sente tanto a falta de balançar as redes adversárias. Na verdade, Dadá garante ter muitos outros “gols” em sua cabeça. “Jogo mais na marcação e cada bola que tiro para lateral ou roubo do adversário encaro como um gol. É a mesma coisa quando o Fabiano faz uma grande defesa. Essa é a identidade de um time aguerrido, de operários, que devemos manter durante a campanha na Série D”, disse Dadá.
O jeito de jogar, sempre como um carrapato na marcação, vem desde as categorias de base. Essa característica que o faz ser considerado uma das peças importantes do elenco azullino. “Desde a base tenho essa característica, mas em um jogo decisivo, fica mais à flor da pele. É natural. Espero me manter assim por toda a minha carreira”, comentou Dadá.
Revelado pelas categorias de base do Ananindeua em 2006, Dadá começou a carreira alternando atuações como lateral-direito e volante. Com o passar dos jogos, conseguiu se firmar na cabeça de área. Suas boas atuações na posição chamaram a atenção do Paysandu, que o contratou em 2008. Como é de costume, não recebeu a valorização que esperava e, apesar de ter formado uma dupla de volantes quase intransponível ao lado de Mael, acabou sendo liberado ao final daquela temporada.
A saída foi tentar a sorte no futebol gaúcho, onde Dadá se destacou no modesto Porto Alegre (RS), chegando a ter sua contratação sondada pelo Internacional (RS). Na disputa pelo jogador, o Sport (PE) acabou levando a melhor. Seu estilo de jogo caiu como uma luva no disputado futebol pernambucano, tanto que a boa temporada na Ilha do Retiro abriu as portas do Guarani (SP). O jogador ainda passaria por Red Bull (SP) e Náutico (PE) antes de vestir a camisa do Remo.
Amazônia, 09/06/2014
