Uma cena inusitada marcou o clássico entre Remo e Paysandu na tarde de ontem, no Mangueirão, pela final da Taça Cidade de Belém, o primeiro turno do Parazão. O meia-atacante Ratinho, do Remo, recebeu bola na direita, tabelou com o volante Jhonnatan e chutou de canhota para defesa de Paulo Rafael. No rebote, a zaga bicolor afastou o perigo. Uma jogada que seria completamente normal, não fosse pela presença de um cachorro dentro da grande área bicolor em meio à execução e finalização do lance.
A interferência bizarra não foi o suficiente para que o árbitro interrompesse o desfecho da jogada, o que acabou gerando reclamações por parte dos remistas. Protagonista do lance, Ratinho minimizou a influência do cachorro no momento de perigo, mas criticou os responsáveis pela organização da partida pelo fato digno de comédia pastelão.
“O montinho artilheiro também atrapalhou. Ia chutar a bola, mas ela desviou no montinho, além do cachorro ter entrado na frente”, comentou Ratinho. “É lamentável que uma situação dessa tenha ocorrido. Em um estádio dessa grandeza, com as torcidas que tem, poderia ter uma estrutura melhor capaz de evitar tudo isso”, desabafou.
Logo depois do lance exdrúxulo, coube ao atacante Val Barreto a tarefa de retirar o animal do gramado. Enquanto os torcedores bicolores riam e faziam piada com o acontecimento, dizendo que “um lobo tinha entrado em campo para salvar o Paysandu”, a torcida azulina não se conformava com a chance de gol perdida.
Responsável pela administração do Mangueirão, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) não soube explicar como o animal, que já havia aparecido no gramado antes do início da partida, teve acesso ao gramado durante o jogo.
“Não temos explicação, realmente. Uma equipe de 500 homens trabalharam no evento, inclusive fiscalizando as entradas do estádio. Vamos tomar nota com a administração do Mangueirão para que isso não se repita”, declarou Luana Valente, assessora de comunicação da SEEL.
Amazônia, 17/02/2014