Agnaldo
Agnaldo

Assumir a equipe em um momento delicado não é novidade para Agnaldo de Jesus. Desde a época em que era volante do Leão, o agora treinador já arriscava as primeiras táticas no comando de uma equipe. Foi assim em 1997, após a eliminação na Copa Norte, para o Rio Branco (AC), quando o Remo retornava ao Estadual já sem Givanildo Oliveira. Uma dobradinha entre ele e o zagueiro Belterra, dividindo o comando técnico ao mesmo tempo em que jogavam, deu ao clube a vitória, de virada, por 3 a 1.

Quase 20 anos depois, Agnaldo ressurge num momento delicado, apesar da equipe manter em curso todos os objetivos. A Copa do Brasil, que não era prioridade, já ficou no passado. O futuro é o que importa, mas o destino a ser percorrido passa diretamente pelo desempenho do treinador e de seus comandados. “Sou funcionário do clube e estou aqui à disposição da diretoria”, disse, ao assumir o cargo.

Apesar da confiança, a diretoria não esconde que procura um técnico definitivo, mas o momento é de total apoio ao interino. “Reunimos com toda diretoria e o presidente Zeca Pirão. Neste momento, estamos fechados 100% com o Agnaldo de Jesus”, garantiu o vice-presidente de futebol do clube, Henrique Custódio.

Segundo ele, os contatos com outros treinadores estão em andamento, mas em momento algum essa procura será transformada em pressão. “Estamos analisando alguns nomes de maneira criteriosa e responsável, com muita calma”, segue Custódio, deixando claro que futebol, acima de tudo, é resultado. “É uma verdade. Nós queremos resultado e se ele (Agnaldo) nos der, por que não efetivarmos? No futebol, tudo pode acontecer”, encerrou.

Diário do Pará, 15/03/2014