O técnico Charles Guerreiro perdeu uma invencibilidade de 15 partidas após a derrota por 2 a 1 no clássico Re-Pa do último domingo. Foram 11 jogos sem perder na série de amistosos do ano passado e mais 4 no Campeonato Paraense desta temporada. Segundo o treinador, a apatia foi o principal motivo para que o Leão saísse derrotado por 2 a 0 ainda no primeiro tempo, porém, pelo que apresentou na segunda metade do confronto, merecia o empate.
“Entramos em campo sonolentos, apáticos. O Paysandu estava com mais vontade. Nosso time andou no primeiro tempo. Em clássico não se pode falhar, são detalhes. No segundo tempo mexemos, o time ficou com mais velocidade. O adversário vinha de derrota e falei para os atletas que nesses momentos o que conta é a superação. Nós marcamos com o olho, foram eles que nos marcaram. Depois ficamos mais leves, nos soltamos e adiantamos a marcação. Tivemos chances e, pelo que fizemos no segundo tempo, o resultado mais justo seria o 2 a 2”, acredita.
Guerreiro fez uma substituição que causou certa polêmica minutos antes do primeiro tempo, sacando o meia Athos, que saiu de campo vaiado, para a entrada de Zé Soares. Com a situação, o jogador deixou o seu futuro em aberto, podendo ou não continuar no clube para a sequência do Parazão. O comandante disse que espera pela permanência do atleta.
“O Athos é um jogador diferenciado, foi muito bem na Chapecoense (SC). Talvez falte uma adaptação maior, o futebol paraense é de muita correria. A mudança foi para dar mais velocidade na frente. É um jogador importante para a gente, um grande profissional e espero que fique. Não podemos só sacrificar o Athos, pois metade do time foi mal no primeiro tempo, não conseguiu jogar, bateu cabeça”, afirmou.
O próximo jogo do Remo será contra o Gavião Kyikatejê, na próxima quarta-feira, 29/01, a partir das 20h30, no Mangueirão. Para o embate diante do time indígena, Charles Guerreiro pede uma mudança de postura da equipe e não descartou começar com Zé Soares no ataque.
“Tem que ter mais atitude, a mesma que mostramos no segundo tempo do Re-Pa. Entramos sonolentos no jogo passado (contra o São Francisco) e agora da mesma forma. Nada está perdido, é o início da competição. Existe a cobrança de anos sem conquista e a torcida fica com o pé atrás. Temos que ter tranquilidade para trabalhar, pois vem um jogo difícil na quarta-feira contra o Gavião. A mudança pode acontecer, pois ficamos com mais velocidade. Ele (Zé Soares) marca e ataca. Vamos rever e pensar”, informou o técnico remista.
Globo Esporte.com, 27/01/2014