Diego Barros
Diego Barros

Na sua quinta temporada de futebol profissional, o Cametá já eliminou o Remo em uma semifinal do Parazão 2011 e ganhou o título estadual de 2012 em uma decisão disputada com dois jogos no Mangueirão. Com essas duas espinhas de Mapará na garganta, o Leão Azul volta hoje ao Parque do Bacurau para mais um confronto decisivo. Contudo, vale a lembrança de que o Remo foi vitorioso nos três últimos duelos com o Cametá.

Histórico e misticismo à parte, o fato é que o time cametaense vem mostrando admirável estabilidade no campeonato. Tanto que tem a defesa menos vazada. Tomou 5 gols em 7 jogos. O Remo tomou 6 gols e tem o segundo melhor resultado defensivo. Na produtividade ofensiva o Leão está bem melhor, com 12 gols, contra 7 do Mapará.

A julgar por essas estatísticas, o jogo tende a ser mais das defesas que dos ataques. Essa tendência, porém, é negada pelo plano ofensivo do Remo, que junta o quarteto Eduardo Ramos, Thiago Potiguar, Zé Soares e Leandrão, como também pela necessidade que o Cametá tem de inverter para si a vantagem do adversário. Como o Remo joga por dois empates, o time cametaense deverá ser arrojado na busca da vitória, o que já índica um jogo rico em emoções. Se o Leão vencer hoje, poderá até perder no domingo pela mesma margem para ir à decisão do turno com Paysandu ou Paragominas.

O duelo Remo x Cametá tem vantagem azulina nos números gerais e vantagem cametaense nos jogos decisivos. O Cametá levou a melhor em uma semifinal de turno em 2011 e na decisão do título de 2012. Ao todo, foram 17 jogos na história, entre amistosos, Campeonato Paraense e Brasileiro, com 8 vitórias do Leão, 5 empates e 4 vitórias do Mapará. Na totalização de gols, Remo 29×19 Cametá. Leandro Cearense, ex-Cametá, agora remista, é o artilheiro do confronto com 7 gols, todos para o time interiorano, marcados em 2011.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 06/02/2014