Max
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Garantir a classificação para a semifinal da Copa Verde encheu de orgulho o Fenômeno Azul, que fez uma recepção calorosa aos jogadores do Remo no dia seguinte. Dezenas de torcedores aplaudiram o grupo durante o desembarque no Aeroporto Internacional de Val-de-Cães, no final da manhã de ontem.

O dramático empate por 2 a 2 contra o Nacional (AM), na partida que marcou a inauguração da Arena da Amazônia, garantiu o passaporte para a terceira fase da competição – na qual os azulinos terão como adversário o Paysandu. Além dos aplausos, os jogadores receberam palavras de incentivo, tiraram fotos ao lado dos torcedores e deram muitos autógrafos.

O zagueiro Max, autor dos dois gols do Leão Azul na partida decisiva, lembrou que o time estava focado na conquista da vaga desde o início do confronto. Como já era de se esperar, o jogador foi o mais assediado pelos torcedores presentes no saguão do aeroporto, especialmente pelas crianças.

“Nossa equipe não deixou a pressão da torcida entrar no campo. Sofremos dois gols no segundo tempo, mas tivemos forças para segurar o resultado que nos dava a vaga na próxima fase. Fui feliz em acertar as duas cabeçadas e fazer os gols que ajudaram na nossa classificação. É um momento que não vou esquecer, vai ficar marcado na minha carreira”, declarou o defensor, de 26 anos, que já vem sendo apelidado de “Mad Max” por alguns torcedores devido ao seu corte de cabelo “radical” e ao estilo arrojado dentro de campo.

Contratado pelo Remo no início deste ano, Max não imaginava ficar marcado para sempre na história da Arena da Amazônia. O jogador foi autor do primeiro gol oficial do novo estádio amazonense, que irá receber quatro jogos da Copa do Mundo deste ano. Ele ainda fez o segundo. “Estou muito contente, pois sei que esse gol será lembrado para sempre. O importante é que estou feliz não só pelo gol, mas também por ter ajudado o Remo a conquistar mais um objetivo neste ano, que foi a classificação para as semifinais da Copa Verde”, comentou.

Max disse que, apesar de ser zagueiro, já sonhava em marcar o gol, assim como todos os outros jogadores do elenco remista. “Não vou negar que, assim como os atacantes e meias do nosso time, nós, jogadores da defesa, também tínhamos esse sonho de marcar o gol inaugural da Arena da Amazônia. Quando entramos em campo, sempre trabalhamos para que essas coisas aconteçam. Graças a Deus, dessa vez, fui o escolhido”, comentou.

Natural de Perdões, pequeno município do Oeste de Minas Gerais, Max iniciou a carreira nas categorias de base do Atlético (MG), onde se profissionalizou em 2007, quando foi campeão mineiro. Depois teve passagens por clubes com ABC (RN), onde foi campeão potiguar em 2010, Ipatinga (MG), Guarani (SP) e Betim (MG), equipe pela qual disputou a Série C do Campeonato Brasileiro no ano passado.

O Liberal, 11/03/2014