Com seus 1,86m, altura típica de zagueiro, o volante Michel Schmöller se credencia a afastar bolas aéreas defensivas e até a finalizar lances pelo alto. Quem sabe fazer um golzinho? Talvez esta característica do novo reforço do Leão, que já está integrado ao grupo, faça a diferença em um campeonato, como a Série D, reconhecidamente um torneio rápido, onde a marcação e o jogo duro se sobrepõem ao passe e a habilidade.
A seguir, Schmöller se apresenta à torcida e fala da sua relação profissional, de extrema confiança, com o treinador remista Roberto Fernandes.
Michel, seu currículo já foi divulgado, mas é importante você se apresentar. O que faz dentro de campo?
Considerando que tenho 26 anos, o meu currículo é muito bom. Passei pelo Figueirense (SC), Atlético (GO), Brasiliense (DF), joguei fora do Brasil, na Espanhal, precisamente no Rayo Vallecano, ABC (RN) e agora no Remo. Minha origem é de segundo volante, saio muito bem para o jogo e, com essas passagens nos clubes anteriores e com o professor Roberto, consegui marcar. Aprendi a marcar, então consigo marcar e jogar. Este é o meu diferencial: chego bastante na frente e não peco na marcação. Procuro jogar assim também com força física.
Essa posição de segundo volante é uma raridade. Até a Seleção Brasileira passa por problemas nesse setor.
Quem tem este segundo volante no futebol, não quer vender, não quer trocar, porque é uma posição que cobra muito do atleta. O atleta tem que estar bem mentalmente e fisicamente. É preciso força para ir e voltar. Acho que a Seleção está bem servida disso, são os melhores segundo volantes. Espero que aqui no Remo, encaixe, né? Que a gente consiga este cenário nacional para o clube e que eles queiram tirar o Remo daqui (Série D), porque vai ser bom para o Remo e para o atleta.
Você tem passagens pela Seleção Brasileira.
Tive passagens pela seleção de base. Joguei todas: sub-15, sub-17 e sub-20. Também aprendi muito. Tive alguns “pais” que peguei para mim, casos do Branco e do Edgar. São caras que eu considero, junto com o Roberto Fernandes, com certeza.
Esta sua relação com o treinador do Remo é de confiança?
É uma relação boa. É algo mais do que um jogador e o treinador. Ele me dá conselhos, duras quando tem que dar. Procuro escutar, porque é um cara que venceu na vida. É um cara que me cobra muito. Não consigo ficar 100% com ele, 100% não basta. Ele quer 120%, 130%. Quando estou 10%, ele quer 150%. Não só de mim, mas dos outros atletas. É um cara em que confio muito. Sei que onde ele vai, o trabalho vai ser bem feito.
Você acaba de chegar. Como está a preparação física?
A gente está se preparando. Tanto eu quanto os outros volantes, para que a gente consiga se sobressair.
Com a sua altura, você é um cara que se impõe na bola aérea?
É meu forte. Bola aérea defensiva e ofensiva, sendo que já fiz alguns gols de cabeça.
O Liberal, 01/07/2014