A competitividade do Clube do Remo não é o único motivo que gera preocupação. A julgar pelas declarações de atletas importantes, o gramado do estádio Diogão, em Bragança, também será um inimigo para um time que tem a obrigação de ganhar e brigar na faixa de cima do grupo A2 da Série D. A exemplo do volante Michel Schmöller, que já havia detectado o problema, outros dois atletas revelaram inquietação com o fato.
“Não me adaptei. O campo é grande, largo demais. É um gramado que não era bom, foi recuperado um pouco. Tem muito tipo de grama, está um pouco baixo, fofo demais. Mas é Série D! Tem que acostumar”, enfatizou o atacante Leandro Cearense. Ele tentou minimizar a questão ao concluir a sua linha de raciocínio. “Não é só aqui que vamos pegar um campo ruim. É se preparar para o que der e vier”, destacou.
O volante Jhonnatan também não fugiu do assunto e foi sincero. Segundo ele, a diferença de qualidade entre o campo do Baenão e o do Diogão é significativa. “Estamos acostumados com o gramado do Baenão. O campo de lá (Bragança) estava parado há bastante tempo, fizeram de tudo para melhorar. É um campo um pouco duro, mas se está difícil para gente, também está difícil para o nosso adversário. Eles vão ter só o dia do jogo para atuar, nós vamos antes para lá, para se adaptar ainda mais”, disse.
O zagueiro Raphael Andrade comentou sobre a necessidade de ajuste urgente. “Já sabemos da nossa realidade, já vimos o que temos pela frente. É o que temos, é se adaptar o mais rápido possível”, ensinou.
A diretoria azulina optou por jogar em Bragança diante da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva em função do comportamento ruim da torcida, ainda pela temporada de 2012. O Remo perdeu 6 mandos de campo e conseguiu reduzir a pena para 4 partidas longe de Belém. O estádio Diogão, cujo nome oficial é São Benedito, é particular e tem capacidade liberada para 10 mil pessoas. Não há iluminação. Recentemente, o diretor de futebol remista, Emerson Dias, deu entrevistas assegurando que as medidas do campo haviam sido diminuídas, de 110m x 75m para 100m x 65m.
Amazônia, 16/07/2014