PSC 0x0 Remo (Ilaílson)
PSC 0x0 Remo (Ilaílson)

Nos bastidores, além dos cuidados com o adversário, bicolores e azulinos tinham outra preocupação em comum antes do Re-Pa de ontem: o gramado. Após 90 minutos, o péssimo estado do campo de jogo do Mangueirão foi reprovado pelos dois lados. Os jogadores do Remo, que teoricamente poderiam ser beneficiados pelo piso enlameado, uma vez que só precisam de dois empates para garantir o título do primeiro turno do Parazão, foram os primeiros a reclamar.

“O jogo está igual. Tivemos boas chances, mas o complicado é fazer um Re-Pa em um gramado desses, horrível e sem condições”, desabafou, na saída para o intervalo, o meia Eduardo Ramos, um dos jogadores mais técnicos em campo e, por isso mesmo, um dos maiores prejudicados pelo estado deplorável do gramado.

Após a partida, foi a vez do volante Jhonnatan apontar o gramado como o maior culpado pelo jogo truncado na primeira parte da decisão da Tala Cidade de Belém. “O intuito era a vitória, não conseguimos. Caso a vitória não viesse, nós não poderíamos sair daqui com uma derrota. Foi um bom resultado, mas o gramado atrapalhou bastante”, ressaltou.

As críticas mais duras vieram dos dois treinadores. Do lado bicolor, o técnico Mazola Júnior disse entender que é realmente difícil manter um gramado em boas condições durante um período chuvoso como o que ocorre todos os anos, no meses de janeiro, fevereiro e março, no Pará. No entanto, ele cobrou da administração do estádio a busca por uma solução tecnológica.

“Ninguém vai conseguir mudar o clima de Belém e fazer parar de chover nesta época do ano. Então, a única saída é encontrar uma solução tecnológica para que um espetáculo como o Re-Pa não seja tão prejudicado por um gramado no estado em que tivemos que jogar hoje (ontem)”, argumentou.

O técnico do Remo, Charles Guerreiro, também lamentou o estado do gramado e revelou que até o árbitro da partida estranhou a situação. “O campo estava muito pesado e as duas equipes sentiram, mas tiveram chances. Acho que foi um jogo de muita pegada. O próprio árbitro me perguntou no intervalo como é que se jogava futebol em um gramado desses, mas futebol paraense é isso”, comentou.

Amazônia, 17/02/2014