No primeiro ano da “revolução” implantada no Departamento de Futebol do Clube do Remo, a partir da entrada do presidente Zeca Pirão, que nomeou jovens diretores para cargos de extrema importância, oriundos das arquibancadas e associações de torcedores, os novos protagonistas sentiram o gosto amargo da derrota na segunda dura batalha. A primeira, com muito sacrifício, foi vencida, com a conquista do Campeonato Paraense.
Já na Série D, onde o sapato aperta mais, o projeto começou a mostrar sinais de fracasso logo cedo. Contratações fora de controle, questionamento sobre contratos de atletas a ações trabalhistas remeteram o Remo a um passado recente, ironicamente descrito pelos atuais dirigentes como o tempo das “múmias”. No sábado, depois de encerrar o sonho, foi difícil para eles seguraram a decepção.
“Muita tristeza. Não era o que a gente esperava. O time foi guerreiro, vibrante, batalhador. Infelizmente perdemos um jogo em Belém, mas tudo foi feito para que o resultado fosse outro. Tivemos um empenho, passamos por cima das dificuldades em prol de um sonho”, desabafou o diretor de futebol Thiago Passos, aos prantos.
“No futebol, a gente não tem varinha de condão. Tentamos sempre acertar, fazemos o possível. Tínhamos a convicção que esse grupo era formado por homens, guerreiros”, observa, prevendo dias difíceis com a volta à dura realidade.
“Temos que tomar decisões até o fim do ano. Temos jogadores, contratos. Vamos sentar segunda-feira (06/10) à tarde, conversar com o grupo e individualmente, para chegar em um bom acordo para todos”, encerrou.
Diário do Pará, 06/10/2014