Há tempos um treinamento da equipe azulina não tinha um clima sequer parecido com o desta quinta-feira, 25/09. Visualmente, quase 1.000 torcedores assistiram à movimentação pela parte da tarde, em clima pacífico, apesar da presença da torcida organizada “Remista”, proibida de frequentar jogos oficiais do clube.
A segurança do Remo foi reforçada, não precisando agir, entretanto. A torcida se posicionou de um lado da arquibancada e cantou gritos de guerra, incentivando o clube e os jogadores. Alguns tiveram seus nomes exaltados, casos do goleiro Fabiano, do zagueiro Max, do meia Ratinho, dos atacantes Leandro Cearense e Val Barreto.
Em alguns momentos, o treinamento, realizado em campo reduzido, para forçar o raciocínio rápido dos atletas, lembrou um jogo oficial. Quando o velocista Rony arrancou e finalizou, parando em uma defesa do goleiro Fabiano, o famoso “uh!” ecoou pelo estádio Evandro Almeida, o Baenão. O treinador Roberto Fernandes trabalhou tranquilamente e até sorriu quando uma torcedora, encostada no alambrado, pediu para que ele colocasse o time para cima.
Entre as novidades da movimentação, a presença do lateral-esquerdo Jadílson, compondo um time formado por jogadores considerados titulares. Arrancando e fazendo jogadas de ataque pela ala canhota, o recém-contratado acrescentou poderio ofensivo à equipe. Leandro Cearense escorou para o gol um cruzamento preciso do novo lateral remista.
Jadílson participou de uma entrevista coletiva e agradeceu a oportunidade de voltar para um clube do perfil do Remo. “Tinha aquele pensamento de voltar a jogar em uma equipe grande. Ainda bem que consegui. Hoje, espero corresponder à altura fazer um bom trabalho”, discursou o ex-jogador do Águia de Marabá.
Falando sobre o apoio dos torcedores, o ala elogiou o clima vivenciado. “Isso é bom, que a torcida esteja com a gente e que, domingo, faça a diferença dentro de campo, empurrando a gente para uma grande vitória”, completou.
Por fim, apesar de ser uma boa opção ofensiva, Jadílson também comentou sobre a necessidade de se enquadrar no perfil defensivo que o treinador do Remo exige para a posição. “Jogador, lateral, tem que saber marcar e tem que saber atacar. Na minha carreira, joguei de ala e lateral. Agora, estava jogando de lateral. Onde ele (Roberto Fernandes) precisar de mim, estarei à disposição para fazer o que ele quer”, finalizou.
Amazônia, 26/09/2014