Um dos principais alvos dos membros da facção organizada que invadiu o Baenão foi o meia atacante Thiago Potiguar. O jogador, que fez carreira no futebol paraense no maior rival, vem sendo constantemente cobrado.
Diariamente, Potiguar tem rebatido críticas sobre o desempenho em campo. Em todas, faz questão de ressaltar que tem comprometimento com o clube e nunca foi “mercenário”.
No dia do protesto, a medida em que os integrantes da facção entravam em campo, Potiguar permaneceu imóvel, como se estivesse alheio a toda aquela ameaça. Enquanto os demais saíam de perto, ele olhava fixamente o grupo e, frente a frente, discutiu asperamente até ser retirado.
O gesto de valentia, no entanto, transformou-se em temor, a medida que o tempo passa e as cobranças não cessam. Em entrevista ao programa SBTT Esporte desta terça-feira (29/04), o jogador confessou estar com medo do jogo de amanhã (01/05), no Baenão.
“Por causa do que aconteceu no sábado (26/04), tenho medo. Tenho medo de sair de casa. Realmente, a gente foi ameaçado. Tenho vergonha de andar na rua, sinceramente. Nunca aconteceu isso, ando de carro, mas vou assustado. Conversei com o treinador, com os companheiros, cada um que foi ameaçado deu sua ajuda para o outro”, revela.
Além dele, o atacante Rony, de apenas 18 anos, também não escondeu o temor de jogar diante da própria torcida.
Diário do Pará, 30/04/2014
