Embora tenham fracassado por uma sucessão de erros em momentos cruciais da campanha, os jogadores do Remo não mediram esforços na hora que foi preciso correr atrás do prejuízo. Deve-se admitir, no entanto, que o esforço, apesar de válido, foi iniciado tardiamente para uma equipe com pretensões tão altas como a do Clube do Remo.
Taticamente, a equipe foi montada pensando alto. Roberto Fernandes entrou veloz e ofensivo, com Thiago Potiguar e Reis no meio-campo. Deixou de lado o preferido Danilo Rios. Na frente, retornou com Rony e Leandro Cearense, enquanto manteve na retaguarda uma linha de quatro, com Levy e Jadílson ofensivos nas pontas e Raphael Andrade e Max a frente do gol.
À frente, Dadá e Michel Schmöller fechavam o padrão tático do 4-4-2. O esquema deu certo. O Remo sufocou o Brasiliense (DF) por todos os lados, mas foi surpreendido com um gol no início do segundo tempo. De olho no relógio, Fernandes trocou Dadá por Marcinho, prevendo na sequência mais uma mudança que resguardaria seu meio-campo.
O gol do Brasiliense (DF) forçou a mudança. Reis saiu e Val Barreto entrou. Se a pressão já era grande, ficou maior até o placar ser igualado. A sequência de mudanças veio com o cansaço de Rony, abrindo vaga para Ratinho. Taticamente, o Remo fez de tudo, mas não o principal, que foram os gols.
“Fizemos a nossa parte, tudo o que foi possível. Eles chegaram uma vez e fizeram o gol, mas fomos muito superiores. Foi explícito. No segundo tempo, eles enrolaram o jogo”, definiu o volante azulino Michel Schmöller.
Diário do Pará, 06/10/2014