O Estatuto do Torcedor já foi aplicado contra Fábio Santos da Silva, o autor do arremesso da garrafinha plástica ao gramado, durante o jogo entre Remo e Brasiliense (DF). O Juizado Especial, presente ao Mangueirão, puniu o infrator com 5 meses de ausência dos estádios em jogos do Remo. No prazo da transação penal, ele terá que se apresentar no quartel central da Polícia Militar sempre que o Leão jogar.
Os envolvidos em tumulto vão cumprir a mesma pena por 3 meses, com exceção de Maycon Aragão, que já estava punido e descumpriu ao comparecer ao estádio.
Essas penas aplicadas pelo Judiciário, somadas às medidas preventivas tomadas pelo clube, devem pesar muito em defesa do Remo, apesar do relato dos fatos em súmula. É possível que o clube nem seja denunciado para julgamento.
Apesar da vital importância do serviço do Juizado no Mangueirão, o Judiciário ainda não teve o apoio solicitado de Remo e Paysandu para prestar o mesmo serviço no Baenão e na Curuzu, conforme queixas de uma fonte oficial no Tribunal de Justiça do Estado. O time bicolor alega falta de espaço para o ônibus do TJE no seu estádio. O Leão não tem o que argumentar para tamanha má vontade, já que tem espaço sobrando na área do antigo Carrossel.
Isso mostra quanto os clubes ainda precisam avançar na matéria do Estatuto do Torcedor. Se estão sofrendo pelo vandalismo de torcidas organizadas é porque alimentaram os “monstros” até que se voltassem contra eles, na perda de privilégios.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 30/09/2014