Leandro Cearense
Leandro Cearense

O relógio apontava 20 minutos ainda do primeiro tempo e o placar estava 1 a 0 para o Brasiliense (DF). Uma bola, a média altura, foi levantada na área e Val Barreto escorou para o meio. Foi um passe preciso, à feição para o principal artilheiro do time apenas empurrar para o fundo das redes, com o goleiro Edson já batido no lance. Leandro Cearense cabeceou e a bola, incrivelmente, bateu na trave direita da meta do time candango.

O tamanho do gol desperdiçado incomodou Leandro Cearense. Três dias depois do fato consumado, o atacante ainda tem que se explicar. “Acabou o jogo e fui para Castanhal. Ainda bem que o preparador de goleiros, Mauro, foi comigo. Ele me deu conselhos, a cabeça estava doendo, não entendi o que aconteceu. Perdi o gol e perdemos a partida. Se tivesse feito aquele gol, seria diferente. Não dormi no domingo”, revelou.

Mais sereno, ele afirmou que acabou perdendo um gol feito por ter considerado, de forma antecipada, o desfecho do lance. “Fui com uma confiança tão grande que, no lance, já fui para pegar a bola dentro da rede e ir para o meio. Quando vi que bateu na trave, não acreditei”, resignou-se, também lembrando de um aspecto técnico que influenciou.

“O atacante não pode virar a cabeça e virei. O atacante tem que deixar (a bola) bater, mas acontece só com quem está lá dentro. Vou trabalhar para reverter. Sou o artilheiro do Remo na temporada e vou trabalhar”, prometeu.

Leandro já consegue sorrir e considerar o episódio próprio de quem faz do futebol um esporte profissional. O abatimento do atacante foi eliminado por uma ação da própria comissão técnica, liderada por Roberto Fernandes.

“Logo na segunda-feira (29/09), o professor me deu aquela força. Disse que confia em mim. Passou vídeos de motivação. Vou esquecer. Tenho que esquecer. Estou trabalhando demais e tenho a confiança total do professor, da comissão e dos jogadores, para voltar a marcar”, revelou Cearense.

O Liberal, 02/10/2014