Em uma época sem futebol e com incertezas sobre os caminhos do clube, pelo menos hoje é um dia especial para o Clube do Remo. Há exatos 9 anos atrás, o Leão conquistou seu único título nacional e, ao lado da Tuna Luso, igualou-se entre as agremiações paraenses com um título da Série C do Campeonato Brasileiro.
Em 20/11/2005, no último jogo do quadrangular final da competição, o Remo venceu fora de casa o Novo Hamburgo (RS) por 2 a 0, gols de Maurílio e Capitão, e garantiu a taça e o acesso para a Série B do ano seguinte.
Além da campanha vitoriosa, sob o comando do técnico Roberval Davino, o Remo teve na torcida o 12º jogador. Naquele ano, o clube paraense teve média de 34.728 torcedores por partida, a maior das 3 divisões do futebol brasileiro (não existia a Série D ainda).
A despeito do retorno à Série B, a conquista teve um preço alto. Os gastos e as antecipações de receita criaram sérias dificuldades nos anos seguintes, que culminaram no retorno à Série C e posterior queda para a Série D.
Hoje, o Leão encontra-se sem Série, tendo que garantir a vaga no Estadual. No Parazão, foram apenas 3 conquistas – 2007, 2008 e 2014 -, e uma das maiores crises de sua história.
O time base daquele ano contava com Rafael no gol; Marquinhos, Magrão, Carlinhos e Eduardo na defesa; Márcio, Serginho, Maurílio e Geraldo ou Capitão no meio de campo; Landu e Douglas Richard no ataque.
Destes, a maioria já pendurou a chuteiras. Apenas quatro ainda tentam a sorte no futebol, todos já veteranos: Rafael, Carlinhos, Eduardo e Landu, um dos heróis daquela conquista e que atualmente defende o Vênus, na primeira fase do Campeonato Paraense.
Marquinhos, Magrão, Márcio, Serginho, Maurílio, Capitão, Douglas Richard e Geraldo já pararam. Maurílio chegou a enfrentar o Remo este ano, como técnico do River (PI).
Amazônia, 20/11/2014