Instigado a falar sobre a ausência de um meia-armador, o treinador do Remo, Roberto Fernandes, deu a entender que se trata, talvez, da principal carência do grupo. Concordou que o nível técnico e tático da equipe ainda não é competitivo e ressaltou que, antes do amistoso contra a Tuna, a equipe havia feito apenas dois treinos com bola.
“Ficou dentro da expectativa de uma equipe que, nos 10 primeiros dias de trabalho, foi dado ênfase em 80% à parte física. Agora, também é uma equipe que precisa evoluir, melhorar. Nestas duas semanas que temos pela frente, o foco vai ser a parte técnica”, garantiu.
Fernandes já sabe como responder aos questionamentos que podem surgir sobre a qualidade do Remo que estreia na Série D no próximo dia 20/07, contra o Moto Club (MA).
“Sei que a ansiedade é algo que está na veia do brasileiro, mas nós temos que ter calma. Se a equipe hoje (domingo) apresentasse um futebol primoroso, a tendência era cair. É o que digo: quando você chega ao topo, o próximo passo é o abismo. Então, temos que crescer, evoluir”, comentou.
Para concluir, o treinador enfatizou que não considera a partida contra um selecionado de Apeú, realizada na última quarta-feira, 02/07, como integrante do processo de preparação da equipe – um time desfigurado, formada com jogadores sub-20 e em testes, perdeu para uma equipe amadora.
“Nem sei deste primeiro resultado. Não considero este o primeiro jogo, que foi uma questão de observação de jogadores em teste. Neste jogo, nem o auxiliar-técnico estava lá, que dirá o treinador. A partir disso aqui, a gente já começa a falar”, disse, concluindo. “Ganhar é sempre bom, mas neste momento de preparação, não é o resultado (que interessa). Se tivesse ganho hoje, jogando dessa mesma forma, não mudaria o que acho”, finalizou Fernandes.
Amazônia, 07/07/2014