Um dos remanescentes da temporada 2008, ano do último título estadual do Clube do Remo, o lateral-direito Levy podia, perfeitamente, falar grosso e botar moral diante deste retrospecto. No entanto, o jogador evita se vangloriar. Prefere não falar muito do passado e foca no presente.
“A experiência que tenho, agrega, com certeza. Só que já faz tanto tempo que nós, jogadores, temos que viver o momento”, disse Levy, que era utilizado como lateral-esquerdo em 2006, quando o treinador era Artur Oliveira. O Remo foi campeão ao bater o Águia na grande final. O jogador tinha 18 anos e, portanto, tinha acabado de se integrar ao elenco profissional. “Nosso time era muito bom, assim como é o atual”, opina o lateral.
Levy, como se observa, prefere comentar sobre o seu estágio atual na equipe azulina. “No futebol, não importa o ontem, o que importa é hoje. Estou tendo uma sequência de jogos e acredito que estou dando conta do recado. Temos oportunidade de mudar isso aí, que é fato de o clube estar há seis anos sem titulo e temos chance diante do nosso maior rival. Espero ganhar o título e entrar, novamente, para a história do Clube do Remo”, frisa o atleta, oriundo das categorias de base do clube.
Hoje com 25 anos, após passagens por clubes de porte menor comparado ao Remo, o ala-direito reitera que se sente mais à vontade em campo. “Me sinto muito melhor do que há três anos, quando sai do Remo. Acredito que estou mais experiente e tenho trabalhado todos os dias. O importante não é chegar toda hora na frente, mas é chegar na frente uma ou duas vezes com qualidade”, responde, quanto instigado a falar acerca da sua tímida produção ofensiva.
Além de mais rodado, ele assegura que também tem uma arma a seu favor: o estudo das características dos adversários. “Hoje, o futebol é estudado dentro e fora de campo. Vendo os jogos do Paysandu, sei que não só o Jô que vai me incomodar, mas tem o Leandro Carvalho que é um jogador muito rápido. Lateral, hoje, tem que marcar e só depois apoiar”, ensina.
O Remo só volta ao campo no próximo dia 22/05 para encarar o Paysandu e começar a decidir o título do segundo turno. Na hipótese do Leão ganhar o confronto, em dois jogos, o Campeonato Paraense vai se encerrar com o triunfo azulino. “O professor fará os ajustes necessários na nossa equipe, principalmente na parte física dos nossos jogadores. Se trata de uma grande final e há seis anos o Remo não vence. Essa paralisação de 21 dias não vai fazer diferença para nós”, comentou Levy, referindo-se ao tempo que o time ficará sem jogos oficiais.
O elenco profissional do Remo fará treinamentos em apenas um período hoje. Será pela parte da tarde e a expectativa é que Roberto Fernandes, treinador da equipe, comande uma movimentação técnica e tática para começar a definir os 11 titulares que vão encarar o Paysandu.
O Liberal, 14/05/2014