O zagueiro Max foi o autor do seu próprio corte de cabelo. Ele raspou com a máquina zero nas laterais e atrás. Só restou cabelo no meio. O estilo é questionável, mas o visual do defensor chamou a atenção e um questionamento foi inevitável: seria uma preparação para aparecer nas fotos e imagens como um campeão paraense? “No primeiro turno, fiz a mesma coisa e deu sorte. Quem sabe agora…”, declarou.
A julgar por sua liderança, Max é um dos candidatos a capitão do time que pode levantar a segunda taça do campeonato e, consequentemente, obter o título máximo do Parazão 2014 para a galeria remista. Se vai ou não exercer este papel, não depende exclusivamente da sua vontade.
“Atuei várias vezes como capitão neste ano, mas não tenho essa pretensão. Quem for o capitão, está preparado para nos ajudar. O Remo terá 11 capitães em campo e quem levantar o troféu, claro, se formos campeões, estará representando o grupo”, disse. No último clássico, a responsabilidade foi para a braçadeira direita do volante Dadá.
Ser ou não o capitão é apenas um detalhe para o defensor. No entanto, na hipótese de acabar como capitão e levantar o troféu, Max pode festejar em dose dupla. Por pouco, ele não ficou fora da grande final do returno. O azulino já tinha cartão amarelo, quando fez uma falta, impedindo um contra-ataque do Paysandu. Ele comentou o lance polêmico.
“Não fui para parar a jogada. Tentei usar o corpo ali e o Lima também é um jogador experiente, malandro, acabou parando também, falando que tinha forçado uma jogada. Vai pela interpretação do juiz. Tivemos lances a nosso favor em que ele podia ter expulsado jogadores deles (Paysandu). Acho que foi um lance normal, alguns árbitros dariam cartão e outros não”, avaliou.
Porém, o assunto já está enterrado. Como um dos líderes do plantel, o zagueiro pensa no futuro próximo e faz um apelo para que a equipe entre concentrada nesta quarta-feira. “É um jogo de decisão, final do segundo turno e só o Remo pode terminar este campeonato. Foco total, convicção, todos cientes do que devemos fazer para errar o mínimo possível e não darmos chances ao adversário”, finalizou. Agora, resta colocar em prática o que foi treinado sob muito sigilo.
O Liberal, 28/05/2014