Roberto Fernandes
Roberto Fernandes

A derrota do Remo por 2 a 1 para o Brasiliense (DF), no primeiro jogo da fase de mata-mata, deixou o Leão em uma situação delicada, tendo que vencer por 2 gols de diferença no último sábado, 04/10, no jogo de volta em Taguatinga (DF), para avançar de fase, o que não aconteceu. Com um gol somente no segundo tempo da partida, o time azulino conseguiu apenas um empate, que o eliminou da Série D. O técnico Roberto Fernandes alegou que o problema não foi incompetência da equipe e disse, ainda, que houve falha na arbitragem.

“Vamos sair de cabeça erguida. Nós fizemos o nosso trabalho da melhor maneira possível e, apesar do pouco tempo, já foi o suficiente para ter a convicção de que não foi falta de trabalho, não foi incompetência. Nesse segundo jogo, principalmente. Houve uma influência tremenda da arbitragem, como já tinha acontecido antes. O segundo gol do Remo foi lícito, foi legal, não teve falta, nem nada. Além do mais, teve uma penalidade, uma bola na mão, clara, no zagueiro Fábio Braz, não assinalado”, reclamou.

O Remo precisava reverter a vantagem do Brasiliense (DF) e entrou em campo dominando a partida. Os gols foram marcados somente no segundo tempo, com Claudecir abrindo o placar aos 12 minutos, e Leandro Cearense deixando tudo igual aos 20′. De acordo com análise do treinador azulino, o Leão foi melhor em campo, mas não conseguiu fazer os gols para seguir na competição.

“Futebol às vezes tem dessas coisas, que não é decidir só no merecimento, então, o que falei para os atletas, falo agora ao torcedor: atletas, tive orgulho de trabalhar com vocês e vocês fizeram um bom trabalho, são vencedores. Torcedor, não tenha dúvida, o Remo sai fortalecido. Todo mundo está triste, é um resultado que ninguém gostaria, mas essa é uma segunda fase, em que as duas equipes certamente brigam pelo acesso, e só uma passaria”, disse.

“O mata-mata é uma competição de eficácia. Apesar do Remo nos dois jogos ter tido mais oportunidade, ter sido uma equipe mais efetiva no ataque, ela foi menos eficaz. O Brasiliense (DF) aproveitou as oportunidades”, resumiu Fernandes.

O Remo volta a jogar partidas oficiais somente em fevereiro, no Campeonato Paraense de 2015, tendo quatro meses sem calendário. O que deixa a dúvida do elenco de atletas, além da permanência ou não do treinador. Questionado sobre comandar o Leão na próxima temporada, Roberto Fernandes disse que a preocupação principal do clube neste momento deve ser com a eleição à presidência.

“Com essa eliminação precoce, acho que a primeira coisa (a ser feita) é a diretoria, a torcida, a instituição Remo definir seu rumo. Pelo pouco que conversamos, se não fosse ter eleição e a coisa fosse ter uma sequência, há um interesse da diretoria. Continuo dizendo que qualquer profissional, não só o Roberto, teria orgulho e prazer de estar comandando, liderando a equipe”, comentou.

“Acho que agora é um tempo de parar, fazer uma reflexão, principalmente no que diz respeito ao clube. Não adianta pensar em renovação de treinador se ainda vai passar por eleição. Agora é um momento do Remo, do torcedor, um momento de análise, reflexão. A vida segue”, avaliou o treinador.

Roberto Fernandes comanda o Remo desde o primeiro turno do Campeonato Paraense. O treinador chegou no Leão às vésperas de um Re-Pa, quando o clube vinha de uma sequência de 9 jogos sem vencer. Sob o comando de Fernandes, o time azulino foi Campeão Paraense e conseguiu uma vaga para disputar a Série D. Após fazer uma análise, o técnico disse que foi uma temporada em que o time teve uma atuação digna.

“Não tenho dúvida de que o Remo sai fortalecido. A temporada de 2014 do clube não foi fracassada. O Remo foi campeão estadual, coisa que não era há 6 anos. Conquistou a vaga para a Série D e disputou, não só o mata-mata, mas a competição inteira com dignidade. Agora, futebol tem disso, nem sempre o melhor time vai bem no mata-mata”, finalizou Roberto Fernandes.

Globo Esporte.com, 06/10/2014