Embora tenha sido poupado do último jogo do Remo, o meia-atacante Thiago Potiguar é peça chave no esquema tático desenhado pela comissão técnica do Remo. Tanto que recorrentemente, ele reclama da sobrecarga que é ser o mais credenciado para criar lances de ataque. Às vésperas de um jogo decisivo, o ex-jogador do Paysandu se prepara e manda um recado para os seus companheiros: precisa ser mais auxiliado. Confira a entrevista exclusiva.
O Agnaldo fez uma movimentação tática com 14 atletas no time titular. Isso acabou confundindo a imprensa.
São muitos jogos, um em cima do outro. Para quem vem jogando, é preciso ter descanso. É melhor assim do que aqueles coletivos, onde a pegada é forte. O treino de hoje foi para dar um pouco mais de descanso, mas o que importa é que estamos focados na classificação. Não vai faltar raça.
Ele já definiu se você será o titular?
Ainda não, mas quem estiver alí, vai ajudar o Agnaldo. Ele é um cara que sempre batalhou pelo Clube do Remo. É um cara amigo e vamos correr por ele, para a torcida, para conseguirmos dar essa alegria.
Você é ex-jogador do Paysandu. Existe algum sentimento pelo seu ex-clube?
Tenho carinho pelo Paysandu, não importa onde esteja. O clube me abraçou, um time que me ajudou bastante, mas domingo não vai ter amizade. Com certeza, quero dar alegrias para o Remo, que agora é a minha nova casa. Se fizer um gol, vou comemorar com a torcida do Remo.
Você se sente cobrado por ser um dos jogadores que mantêm um nível de atuações no time do Remo? Como você sente o time tecnicamente para esta decisão?
Sempre fui um cara cobrado. Sempre puxo esta responsabilidade, não me escondo dos jogos, porque sou um jogador que gosta de fazer lances individuais. Se passar de um, dois zagueiros, fica mais fácil para os atacantes. Fico um pouco chateado porque a cobrança é maior, ainda mais quando você vem do outro time. Quando aceitei o contrato com o Remo, sabia como seria. Me cobram bastante e também gosto de cobrar os meus companheiros. Tem hora que você pega a bola e não tem ninguém para tocar. Fico chateado. Sou explosivo dentro de campo, mas só quero ajudar o Clube do Remo.
O Liberal, 22/03/2014