Uma das cartas na manga de Roberto Fernandes, o meia-atacante Ratinho vem evitando falar com os repórteres, negando algumas entrevistas. Ele está fugindo das perguntas incômodas, como por exemplo, se já estaria recuperado de uma contusão no músculo adutor da coxa esquerda.
Se Ratinho está calado, outros jogadores até falam, mas falam pouco, com conteúdo praticamente zero. Deu para perceber que os azulinos ensaiaram o discurso, a pedido da comissão técnica. A ideia é evitar dar munição para o rival. O goleiro Fabiano, um dos mais experientes do elenco, respondeu a uma pergunta sobre a postura do time remista, ou melhor, não foi bem uma resposta. “Tem que perguntar para ele (Roberto Fernandes), não posso adiantar nada”, disse.
Fabiano argumentou que o sigilo pode contribuir e acabar sendo decisivo. “As duas equipes se conhecem muito bem. Qualquer detalhe pode concretizar a vitória para um dos lados, então, o Roberto resolveu fechar o treinamento e só acatamos o que ele pediu. Isso não ganha jogo, o que vai ganhar jogo é dentro de campo, mas pode surpreender”, enfatizou.
O garoto Rony, que tem tudo para jogar um Re-Pa como titular pela primeira vez, também foi um dos que seguiu piamente as declarações do treinador. “O Roberto Fernandes só fala na hora e o que ele determinar, a gente está preparado para dar o seu melhor e sair com a vitória”, enfatizou.
Já o meio-campo Athos foi quem deu mais pistas. Ele, que disputa a condição de titular com Eduardo Ramos, revelou que o time testado ontem foi escalado com 13 jogadores. “Acredito que a gente possa surpreender, principalmente, no início do jogo, onde se faz a diferença”, comentou Athos.
Amazônia, 20/05/2014