Com a ausência de Val Barreto e o possível veto de Leandrão, uma das vagas no ataque remista está nas mãos de Leandro Cearense. O jogador marcou o gol do empate contra o Santa Cruz e desde então a sua presença em campo vem sendo exigida pela torcida.
Agnaldo de Jesus, ao que parece, tem percebido o clamor das arquibancadas e deve dar ao atacante, especialista em Re-Pa, a oportunidade que tanto deseja. Confira os principais tópicos desta entrevista:
Clube do Remo
Nunca fui torcedor de Clube do Remo e Paysandu. Sempre fui flamenguista, mas quando cheguei aqui, me apaixonei pela torcida do Remo. Hoje, confesso que a camisa do time é um manto. Por ela, dou a minha vida a cada jogo.
Re-Pa
É o jogo da minha vida. Sempre falei que iria jogar um dia. Ano passado fui um dos artilheiros do clássico, fiz 3 gols em 5 clássicos. Qualquer jogador quer disputar um Re-Pa.
Concorrência
Absorvo bem. O Leandrão foi artilheiro por onde passou e o Val Barreto foi artilheiro ano passado, mas entendo que tenho o mesmo nível deles.
Carreira
Comecei tarde, em 2010. Joguei o sub-20 pelo Guarani de Castanhal, parei e virei vigilante. Voltei para o Santa Rosa, na Segundinha, depois Vila Rica e Cametá. Fui levado para lá pelo Rei Artur.
Pressão da torcida
Me sinto privilegiado pela torcida do Remo. Onde ando, sou assediado, bato foto, as pessoas falam bem. As críticas sempre vêm, mas continuo trabalhando no futebol.
Como a família reage?
A minha família é tudo. Tudo o que tenho hoje é por eles. Uma vez, em Castanhal, a minha irmã queria brigar com um cara que me criticava (risos). Eles me apoiam em tudo.
Charles Guerreiro
Tenho frustração com ele porque treinei, nunca falei nada e ele me deu poucas chances. Quando joguei, era porque Leandrão e Val não podiam, mas é tranquilo, até fiquei triste pela saída dele.
Diretoria
Nada a reclamar, nada do presidente. Ele honra os compromissos, premiação, moradia, tudo perfeito. Ele merece o título da Copa Verde e Campeonato Paraense.
Preparado para encarar a vitória ou a derrota?
Preparado para encarar a derrota não estou, porque meu pensamento é vitória, mas no futebol tudo pode acontecer. O momento é de pensar no melhor.
Diário do Pará, 23/03/2014
