Foi truncado, mas valeu a vontade do Paysandu, que venceu o Remo por 1 a 0 no primeiro jogo da semifinal da Copa Verde, neste domingo, 16/03, no Mangueirão. O único gol da partida foi assinalado por Heverton, na etapa complementar, e deixou os bicolores com a vantagem do empate na partida de volta. Ao Leão restou a crise que se instalou em definitivo depois da goleada sofrida para o Internacional (RS) e, agora, pela derrota para o maior rival. As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 23/03, no mesmo estádio.
Foi o Paysandu quem começou melhor, apresentando mais disposição, apesar dos erros de passes no meio de campo que oportunizaram ao Remo condições de contra-ataque, o que também não acontecia, pois o Leão que estava no gramado parecia sonolento. Mesmo assim, foram os azulinos que arriscaram os primeiros chutes ao gol adversário. Sem sucesso. Todos os arremates passaram longe.
Quando o Paysandu chegou, foi com mais perigo. Max, o mesmo zagueiro que foi o herói da classificação do Remo contra o Nacional (AM), errou na saída de bola e Lima aproveitou para carimbar a trave em um chute rasteiro, fazendo o torcedor soltar um “uh!” das arquibancadas. Do outro lado, Eduardo Ramos fazia, outra vez, um jogo apagado. Leandrão foi quem balançou o poste em um arremate da entrada da área.
Agnaldo de Jesus só encontrou o Remo que ele esperava – mais aguerrido – depois dos 25 minutos do primeiro tempo. Àquela altura, o Leão equilibrava o confronto e trabalhava mais a bola, mas mantinha a mesma proposta de contra-atacar, ou então, aproveitar o erro bicolor. O que se via no Estádio Olímpico do Pará era um duelo acirrado que, apesar do volume de jogo ser maior para um dos times, qualquer placar não seria injusto pelo futebol apresentado, tanto por Remo, quanto pelo Paysandu.
Mazola e Agnaldo voltaram aos 45 minutos finais sem alteração. O treinador do Remo, porém, pediu mais atenção em Zé Antônio, que trafegava com facilidade pelo setor de criação, ajudando Pikachu e Heverton. A princípio não surtiu efeito. Heverton marcou o primeiro gol do jogo. Ele aproveitou o cruzamento na medida, se antecipou ao zagueiro e cabeceou para o chão. Fabiano ficou olhando a bola entrar: 1 a 0.
Sentindo o mau momento, Agnaldo tirou um volante e colocou um meia: Ratinho. Além disso, o técnico azulino também trocou no ataque com a saída de Leandrão e a entrada de Val Barreto. Era um homem a mais na criação e outro, renovado, na frente. Por pouco tempo. “Valotelli” foi expulso 15 minutos depois ao derrubar Pikachu e “deixar o pé”.
O Paysandu cresceu. Mazola colocou Leandro Carvalho no lugar de Heverton, deixando a equipe ainda mais ofensiva, certamente com o objetivo de ampliar a vantagem para o segundo jogo, já que atuava com um atleta a mais e era clara a diferença em campo. De lado, um Leão morto, de outro, o Paysandu trocando passes e chegando com perigo. Ficou nisso.
Globo Esporte.com, 16/03/2014