A explosão muscular e a velocidade nos primeiros 30 metros são os diferenciais do azulino Rony, mas para usar essas armas, o atleta precisa estar na condição física ideal, como vimos no Campeonato Paraense. Dois fatores, porém, foram determinantes para a queda de rendimento do jovem atacante.
Como é comum nos garotos da base, Rony subiu com carência de lastro muscular. Isso ocorre pela falta de trabalho regular de academia, alimentação e repouso adequados para a garotada. Depois do desgaste no Parazão e da folga nas três semanas seguintes, “Rony voltou em decréscimo físico”, conforme avaliação do fisiologista Erick Cavalcante.
O outro fator foi causado pelo deslumbramento do garoto (19 anos) com o assédio do público e de pessoas mais próximas. Houve perda de foco. Para voltar ao seu melhor rendimento, Rony terá que passar por um trabalho específico de 10 dias no Departamento de Fisiologia.
Roberto Fernandes percebeu o déficit e deve abrir mão do atacante para o próximo jogo, como forma de tê-lo em boas condições para os compromissos seguintes.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 29/07/2014