Thiago Potiguar
Thiago Potiguar

No dia 06/04, o Clube do Remo enfrentava o Gavião, pela sexta rodada do segundo turno do Campeonato Paraense, no estádio Zinho Oliveira, em Marabá. Ao final da partida, o árbitro Wasley do Couto puniu o meia-atacante Thiago Potiguar com cartão vermelho por questionar a arbitragem. A expulsão chamou a atenção, uma vez que a partida já havia até terminado e com vitória dos remitas por 2 a 1. Porém, pouco mais de um mês depois, o jogador parece não ter aprendido a lição.

Thiago Potiguar conseguiu ser expulso de campo em um amistoso contra a seleção de Parauapebas, no último sábado (10/05), no estádio Rosenão. O motivo? Mais uma vez por reclamação. O árbitro Whashington Falcão prosseguiu com a nova rotina e mandou para fora o atacante, que reclamara de alguns lances.

Os comentários acerca do temperamento do atleta voltaram à tona, mas até que ponto o lado emocional tem atrapalhado Potiguar? Segundo ele, o maior problema está, em alguns casos, no autoritarismo exagerado de certos árbitros.

“Acho que somos mais xingados do que o normal. Dentro de campo, na autoridade dos árbitros, eles têm todo o direito de nos xingar sem serem punidos. Na minha expulsão, eu só falei que a bola era nossa e joguei para eles baterem o lateral. Acho que o árbitro interpretou que foi por maldade e me tirou de campo”, se defende o jogador.

Apesar de criticar a atuação da arbitragem, o jogador admite ter o “pavio curto” em certas situações. “Não sou mudo para jogar calado. Ser ameaçado por jogador dentro de campo, dizendo que vai quebrar a minha perna, que não tem nada a perder, você fica nervoso e vai para cima do árbitro, porque ele tem autoridade de fazer alguma coisa, mas não faz”, acusa.

O jogador também alfineta alguns árbitros. “Não tenho sangue de barata e tenho que falar mesmo. Quando vejo a Série A, percebo absurdos que são ditos e os árbitros não estão nem aí. Aqui não, quando você reclama de um cartão, já leva dois e é expulso. É preciso que eles vejam um pouco de Série A”, recomenda.

Diário do Pará, 13/05/2014