Remo e Nacional (AM) protagonizaram um jogo pegado, com dois tempos distintos. Os amazonenses foram melhores na etapa inicial e abriram o placar com Fabiano. Já os paraenses mandaram nos 45 minutos finais e igualaram com Zé Soares. O empate em 1 a 1 nesta quinta-feira, dia 27/02, no Mangueirão, deixou em aberto o segundo semifinalista da Copa Verde, que será definido no próximo domingo, dia 09/03, na abertura da Arena da Amazônia, em Manaus (AM).
Para a partida de volta, o Nacional (AM) tem teórica vantagem, pois joga em casa, pode empatar sem gols ou vencer por qualquer placar simples. Por outro lado, o Remo terá que enfrentar a pressão da torcida adversária e também precisa vencer. O empate só serve se for por mais de 2 gols.
A partida dos Leões começou morna. Nada de lances emocionantes e jogadas trabalhadas. As duas equipes pareciam nervosas no gramado e erravam muitos passes, alguns bobos, de curta distância. A melhora técnica só aconteceu depois dos 20 minutos do primeiro tempo, com o Leão paraense apostando nas jogadas aéreas e o time do Amazonas arriscando arremates de longe.
O Remo sentia falta da agilidade de um dos principais homens, já que Eduardo Ramos aparecia pouco. A equipe de Belém sentia falta da articulação do “canmisa 33”, função que Thiago Potiguar acabou assumindo, explorando as laterais, mas a zaga amazonense se mostrava organizada. O Naça, por outro lado, gastava o tempo e, quando tinha a posse de bola, levava perigo à meta adversária, pois trocava passes rápidos e manteve a postura ofensiva até conseguir abrir o placar com Fabiano, de cabeça.
Na etapa complementar, o Remo voltou aceso e por pouco não empatou logo no começo. Foram três oportunidades. Primeiro com Val Barreto, em seguida, com Jhonnatan e, por último, com Eduardo Ramos. A blitz azulina se manteve enquanto o Naça se defendia e apresentava pouco poder de reação, apesar de alternar algumas jogadas individuais com Chapinha e Eder. Fabiano, àquela altura, estava isolado na frente.
Depois dos 15 minutos, o Remo se atirou totalmente ao ataque, deixando brechas ao adversário, mas faltava objetividade ao time de Belém. Em contrapartida, os comandados de Francisco Diá administravam o resultado, cadenciando o jogo e investindo em poucos contra-ataques que surgiam com os erros do Leão, mas era cedo para adotar tal postura. Os paraenses chegaram ao empate com Zé Soares depois de bom lance individual de Alex Ruan.
A pressão azulina permaneceu firme e a virada só não aconteceu por falta de pontaria do garoto da base. Alex tabelou com Athos e recebeu de frente para o gol de Jairo, mas bateu por cima. Diá ainda tirou Eder para tentar dar um gás novo ao time. Erick entrou cheio de disposição e a zaga do Remo teve que fazer a cobertura. Era o último tiro de Diá para tentar alguma reação, mas ficou nisso.
Globo Esporte.com, 27/02/2014