Os planos mudaram. Ao contrário das informações iniciais, que pairavam sobre contratações mais modestas e regionais, a ideia, sustentada pela diretoria do Remo, é contratar um jogador “cascudo”, experiente e com condições de ser a estrela da equipe na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D. Seria um jogador com características de usar a camisa 10 do time e substituir Eduardo Ramos, emprestado para o Joinville (SC) até o final da temporada.
De acordo com uma versão de bastidores, foi feita uma avaliação do elenco e a principal carência constatada foi a falta de um apoiador, capaz de ditar o ritmo de jogo da equipe. Os dirigentes fazem uma sondagem, embora tímida, no mercado para analisar nomes disponíveis. Convencer um atleta a jogar a Série D é o principal obstáculo. É possível, porém, que a diretoria opte por quebrar o protocolo e oferecer um salário maior do que o patamar do grupo.
Questionado sobre o assunto, o vice-presidente do Leão, Marco Antônio Pina, o “Magnata”, se esquivou. “Não há novidades”, garantiu. A especulação, contudo, faz sentido, pois para a função de meio-campo, os jogadores contratados, casos dos meias Reis e Robinho, têm características de definição e não de armação de jogadas.
Para poupar dinheiro e, quem sabe, acertar com um jogador com perfil desejado, os dirigentes repensam contratações. O treinador do Remo, Roberto Fernandes, descartou a contratação do volante Nathan Índio, que havia acertado com a diretoria azulina. “Ele (Roberto Fernandes) prefere um jogador mais experiente para a Série D. O atleta (Nathan Índio) não vem mais”, disse Magnata.
Nathan Índio teria sido indicado pelo treinador Clemer, das divisões de base do Internacional (RS), em uma conversa pessoal com Marco Antônio Pina e Agnaldo de Jeses, auxiliar técnico. Roberto Fernandes, no entanto, bateu o pé e discordou da contratação. Publicamente, a diretoria nega qualquer mal-estar. “Nós entendemos a posição do Roberto. Ele disse que não conhece o jogador e que não sabe se ele segura a pressão na hora do jogo. Lá, no Inter, os gramados são bons, sem buracos. Já na Série D é só gramado ruim”, enfatizou Magnata.
O Liberal, 25/06/2014