A diretoria de futebol do Remo forçou a barra, convenceu a comissão técnica, e um amistoso foi programado entre o Leão e o Ananindeua para o próximo sábado, 17/05, no estádio Evandro Almeida, o Baenão. O jogo será realizado às 16h, com ingresso a R$ 10. Em um primeiro momento, o treinador Roberto Fernandes se revelou contrário à partida com caráter amistoso, considerando o risco de lesão de jogadores importantes.
Segundo uma versão de bastidores do Baenão, a opinião do comandante foi atropelada pela necessidade, identificada pela diretoria, de movimentar o grupo e arrecadar dinheiro. Afinal, o Remo ficará exatamente 21 dias sem jogos oficias. Com uma folha salarial considerável, cerca de R$ 550 mil, é preciso pensar em formas de arrecadação para não gerar prejuízos aos cofres azulinos.
Roberto Fernandes, por sua vez, alegou que concordou com o amistoso. “A modificação partiu de mim mesmo. O ser humano é mutante e passivo de mudança. Pelo nível de treinamento que a gente vem tendo, entendi que o que mais está fazendo falta é exatamente a questão de um jogo treino. Escolhemos um adversário e o resultado pouco interessa. O que vai interessar é a movimentação”, frisou.
Além da questão técnica e tática, as lesões de dois jogadores, considerados titulares, preocupam o chefe da comissão técnica azulina, já projetando o jogo amistoso de sábado. “Como não tenho Ratinho e André em uma condição ideal, não posso confirmar o time ainda”, comentou. O treinador sacramentou que Ratinho disputa posição com Rony na equipe titular, enquanto que o outro embate envolve André e Carlinho Rech.
O médico Ricardo Ribeiro explicou a situação dos dois jogadores, adiantando que Ratinho fará um exame na próxima sexta-feira, 16/05, para aumentar o nível de treinamento do atleta. Ele teve uma lesão na coxa esquerda. Já o caso de André é mais complexo. Em função de uma necessidade de cirurgia no menisco lateral do joelho direito, ele será submetido somente após o Campeonato Paraense. A estratégia tenta evitar tirá-lo dos dois clássicos diante do Paysandu. “Isso é possível, pois o jogador não sente dores neste momento, mas a lesão foi detectada”, informou.
No coletivo de ontem, por precaução, Roberto não quis utilizar o volante André, que treinou entre os reservas por ainda se recuperar da lesão e, portanto, não estar 100% fisicamente. O meia-ofensivo Ratinho também ficou de fora, apenas correndo ao redor do campo, também em fase final de recuperação após dores musculares.
Outro jogador que sentiu um baque foi o zagueiro Max. Em conversa, ele disse que sentiu um trauma no tornozelo, mas o próprio atleta garante que não será problema para os próximos treinamentos.
Atento a todos os problemas, Roberto Fernandes busca alternativas e um ponto positivo é o entrosamento que vem se consolidando entre Eduardo Ramos e Thiago Potiguar. “Uma coisa que estava fazendo falta é a troca de passes entre eles. Se os jogadores fossem jogar individualmente, o principal prejudicado seria o Remo. Falei isso a eles. Se eles trabalharem essa bola no meio entre si, a gente começa a ganhar”, analisa Roberto.
Amazônia, 15/05/2014