Depois de perder em Bragança para o Guarany de Sobral (CE), o técnico Roberto Fernandes cogitou a possibilidade de fazer algumas mudanças de ordem tática no time para imprimir mais força e poder de contra-ataque. Nos primeiros treinos semanais, essa hipótese ganhou força com a entrada do lateral-esquerdo Rodrigo Fernandes no lugar de Alex Ruan.
Entre eles, o peso tático tem favorecido o primeiro que, embora tenha sido reserva nos jogos da Série D, tem maior facilidade de ser jogador de contenção, ao contrário do segundo, mais veloz e acostumado com as arrancadas pela linha de fundo. Entretanto, o fator primordial para a entrada de Fernandes pode ser a característica polivalente, que já lhe rendeu oportunidades seja na esquerda, seja no meio-campo.
“Joguei vários anos de meia. Desde 2009, no América (MG), comecei atuar de lateral-esquerdo, me adaptei e me sinto bem. Pego a bola de frente e dá para utilizar mais a minha força. Se precisar no meio-campo, joguei a Série C do ano passado nessa função, mas acho que me sinto melhor na lateral”, explica o atleta, lembrando a passagem recente pelo Paysandu.
“Gosto muito de sair, mas o futebol brasileiro está adaptando muito mais o lateral a marcar. A primeira função do lateral é marcar, pois senão você não consegue sair jogando bem. Se a marcação for adequada, você tem opção de sair no contra-ataque”, assimila.
Diário do Pará, 22/08/2014