Rony
Rony

Horas depois de assinalar o único gol do Remo no jogo de anteontem, o meia-atacante Rony viveu seu dia de herói, com direito a compromissos com a imprensa e badalação de amigos e familiares. “Meu celular não parou de tocar, chega mensagens toda hora. Estou feliz”, conta o garoto, que teve a primeira oportunidade no time profissional no embate contra o Leão do Tapajós e estreou com o pé direito.

“Procuro atuar com velocidade, gosto de fazer gols, mas a minha prioridade é criar os lances para outros atacantes finalizarem”, disse Rony, com humildade.

O garoto de apenas 18 anos aproveitou um lançamento em profundidade do volante Ilaílson e, na saída do goleiro Labilá, bateu cruzado, sem chances de defesa, para fazer o seu primeiro gol como profissional. Na comemoração, parecia uma criança ao dar piruetas no ar.

Ele havia entrada no lugar de um pouco inspirado Leandrão, uma das contratações mais badaladas do Leão nesta temporada. O Remo estava atrás no placar e o nervosismo já imperava. “A oportunidade apareceu e agarrei. Agora, não vou largar de jeito nenhum”, garantiu, quando questionado sobre o momento delicado do Remo. O lance de gol, assinado por Rony, fez a sua família vibrar no estádio Mangueirão. “Minha mãe estava nas arquibancadas e chorou de emoção”, lembra.

Rony é um exemplo de que investimento e confiança na base azulina podem gerar lucros para um clube que precisa se reformular. A hipótese é defendida por Paulinho Araújo, diretor das categorias de base azulinas. “Faltava só um pouco de moral para o Rony nos profissionais. Tentei junto ao Charles Guerreiro (ex-treinador do Remo) uma chance para o garoto, mas o treinador alegou que ele era imaturo. O Paysandu, por exemplo, vem colhendo frutos da confiança dada à base. O Agnaldo confiou e deu certo”, frisou Paulinho.

Rony, inclusive, chegou a ser mototaxista. “O Rony é um jogador diferenciado, tem pulmão, faz gol, é habilidoso. É um excelente garoto”, elogia Paulinho Araújo.

O Liberal, 28/03/2014