Remo 4x0 Gavião (Levy)
Remo 4x0 Gavião (Levy)

As mudanças táticas promovidas pelo técnico Charles Guerreiro, ao menos nos minutos iniciais da partida, mostraram um efeito prático tímido. A entrada de Dadá como segundo volante, permitindo a Jhonnatan subir mais ao meio, deu ao Remo maior movimentação pelas laterais. As subidas do lateral-direito Levy eram mais acentuadas do que as do companheiro da esquerda, Alex Ruan.

O setor predominante passou a ser esse, enquanto Thiago Potiguar arriscava pelo meio-campo. Porém, o problema manteve-se nas bolas alçadas na grande área, que dificilmente acertavam a cabeça do centroavante Leandrão. A escassez foi tamanha, que no segundo tempo, o atacante pediu para sair, entrando Val Barreto. A essa altura, o Remo já contava com Zé Soares no lugar de André.

Com o time mais ofensivo, as jogadas começaram a fluir. Coincidência ou não, o atacante Val Barreto foi diretamente beneficiado: em dois lances semelhantes, “Valotelli” não desperdiçou e marcou nas duas vezes.

O caminho para a goleada estava aberto, mas isso não disfarçou alguns problemas na defesa, novamente vítima de alguns passes errados, que por pouco não causaram estrago.

Para o técnico Charles Guerreiro, o resultado foi justo. “Nós entramos com três volantes, soltando mais um pouco o Jhonnatan, dando maior velocidade na frente, com a entrada do Zé Soares no lugar do André. Com a saída do Leandrão, o Val Barreto deu mais velocidade, que já tinha o Thiago Potiguar. Caímos muito na costa do Edinaldo, lateral-esquerdo deles, daí criamos com a ajuda do ‘matador’. O Dadá também foi muito bem, lancei ele em 2006, sei que tem facilidade de jogo, assim como o Levy pela direita”, enaltece o técnico azulino.

Diário do Pará, 30/01/2014