Remo 0x2 PSC (Thiago Potiguar)
Remo 0x2 PSC (Thiago Potiguar)

Foram altos e baixos no primeiro semestre azulino, sendo que os momentos negativos culminaram na eliminação prematura em competições como a Copa Verde e a Copa do Brasil.

No Estadual, o Remo colecionou alguns resultados inesperados e que tumultuaram o ambiente do clube. A derrota no primeiro Re-Pa do ano, o fracasso diante de um inexpressivo Paragominas e a goleada sofrida para o Independente, em jogo válido pela semifinal do returno, doeram e provocaram dúvidas. Se não bastassem as derrotas, havia algo que preocupava ainda mais, que era a ausência de regularidade da equipe.

“O que importa é conseguirmos o objetivo do clube, o objetivo final. Por isso, temos que ter o pezinho no chão e lutar como verdadeiros guerreiros”, defendeu-se Dadá, à época.

A concentração de Dadá e companhia, enfim, fizeram do Clube do Remo um time decisivo em momentos finais. Foi assim que a equipe segurou dois empates contra o Paysandu e, por ter feito a melhor campanha do primeiro turno, levantou a Taça Cidade de Belém. Seria o primeiro passo para o sucesso da temporada e a quase certeza de assegurar calendário para a sequência do ano.

Apesar dos vários momentos delicados, o Leão também fez campanha de título no segundo turno. A taça do returno, que resultaria na concretização do título máximo do Parazão sem a necessidade dos dois jogos finais, escapou pelos dedos dos azulinos aos 49 minutos do segundo tempo, quando o Paysandu fez um gol e conseguiu dar um suspiro na competição.

Antes, o Leão sofreu, mas a máxima “quem ri por último, ri melhor”, agiu. Na fase semifinal da competição, ninguém esperava um time tão apático e que desmoronasse diante do Independente. O placar de 3 a 0 foi justo diante da falta de garra da equipe azulina, mas a raça voltaria a fazer parte da equipe no jogo seguinte. Em 45 minutos, o Remo fez 4 gols, não tomou nenhum e garantiu o passaporte para final do returno, que acabou com o título do rival Paysandu por um daqueles acidentes típicos do futebol.

Além do estigma de “quase titulo”, algo ainda incomodava. O Leão não havia vencido sequer um clássico esse ano, que acabou com 10 duelos na temporada – 8 pelo Parazão e 2 pela Copa Verde. Porém, o triunfo era só questão de tempo e a primeira vitória diante do maior rival foi logo uma goleada, 4 a 1, e no momento certo: a primeira partida da final do Campeonato Paraense.

Foi o passo final e definitivo para o 43º título estadual da galeria azulina. Um prêmio para quem cresceu na hora certa. No final, a certeza: de rei da selva, o Leão mostrou, na verdade, que é humano. Erra e acerta o tempo todo. Dessa vez, a história marcará só os pontos positivos.

Amazônia, 09/06/2014