Na avaliação do técnico Roberto Fernandes, a vitória não esconde uma série de erros que o time apresentou em campo. Na prática, o maior problema, segundo ele, tem sido a baixa eficiência nas finalizações. Fernandes usou até um ditado popular para ressaltar que, se fosse encaixada essa máxima, certamente o Clube do Remo teria saído de campo derrotado.
“Graças a Deus foi o típico jogo onde não prevaleceu a máxima do futebol: quem não faz, leva. Porque, com respeito ao adversário, que veio como um franco atirador, era pra termos liquidado o jogo no primeiro tempo. Perdemos pelo menos três chances absolutamente claras”, enumera o comandante, que apontou a falta de finalização como maior incentivo ao adversário, que sufocou o Remo no segundo tempo.
“Não fizemos os gols e sabíamos que no segundo tempo o Paragominas vinha para o tudo ou nada, por isso que o jogo ganhou esse tom de dramaticidade. No momento que o Paragominas veio assim, perdemos organização e isso quase custa caro. São coisas que se devem observar e melhorar”, ressalta.
Pela primeira vez, desde que assumiu o comando do Remo, Fernandes entrou em campo no 4-3-3, sendo dois volantes e um meia, além dos três atacantes. Nem assim, em quantidade, foi possível liquidar o jogo com segurança.
“O crescimento de grupo vem com o crescimento individual. O erro de passe tem que ser corrigido, mas algumas finalizações que tivemos nesse jogo, são questões individuais, não de treinador. É preciso ter mais tranquilidade e competência. Não precisava ser sofrido, mas valeu e estamos com três vitórias seguidas. Um crescimento na hora certa”, encerra.
Diário do Pará, 14/04/2014
