Após o apito final, o técnico Charles Guerreiro deixou o gramado no Mangueirão protestando contra a reação de parte da torcida. Para ele, os gritos de “burro” foram injustos. “A torcida me chamou de ‘burro’, o que é brincadeira! O time jogou bem e temos 9 pontos!”, esbravejou o treinador.
O motivo principal dos gritos foi a substituição do meia Thiago Potiguar, que na metade do segundo tempo deixou o campo para a entrada do lateral-esquerdo Rodrigo Fernandes. Na verdade, o meio-campista estava bastante desgastado e o meio de campo estava com apenas um homem de contenção.
“O Potiguar pediu para sair, estava cansado. A torcida que me chamou de ‘burro’ tem que observar melhor o jogo”, explicou Guerreiro, que também falou sobre a manutenção em campo dos meias Athos e Eduardo Ramos, mesmo com ambos em um dia de pouca produção. Para o treinador, a qualidade individual dos dois era suficiente para que não fossem substituídos.
“Os dois jogadores estavam sentindo a marcação. Eles tiveram dificuldades. O Eduardo recebeu um tostão e o Athos teve uma semana difícil, talvez por isso tenham aceitado demais a marcação, mas são dois jogadores de muita qualidade e que podem decidir o jogo. Por isso ficaram”, explicou.
Para o técnico do Santa Cruz, o time de Salinópolis, pelo que fez no Mangueirão, não merecia ter perdido. Sinomar Naves ressaltou o pouco tempo que teve para trabalhar com o elenco. “Fizemos um grande jogo e merecíamos um resultado melhor. Mas estamos acertando o time durante a competição”, alegou.
Para o centroavante Rafael Paty, a arbitragem voltou a complicar contra o Tigre ao não expulsar Athos quando o meia fez a falta que evitou que Wescley ficasse de cara com Fabiano, na etapa final. “A gente fica meio frustrado porque trabalhamos demais. Nesse último lance, o Wescley ia sair de cara com o goleiro e o árbitro dá apenas amarelo”, reclamou.
Amazônia, 20/01/2014