Questionado sobre a situação do meia Athos, que após uma conversa com a diretoria do clube, optou por ficar na reserva a jogar em uma função que não era de sua característica, o técnico Charles Guerreiro creditou a baixa atuação do armador à falta de adaptação no elenco. Charles reconheceu as qualidades como atleta em seu ex-clube, mas preferiu usá-lo como meia mais preso na marcação.
“Falta a adaptação. Vi os jogos dele na Chapecoense (SC). Quando o Athos foi contratado, conversei com o Bruno Rangel e ele me falou que se tratava de um jogador diferenciado, de qualidade. No nosso esquema, ele estava fazendo uma função para ajudar a marcação, mesmo sendo mais cadenciado, e não como jogava livre no antigo clube”, admite. A ida para a reserva foi uma escolha do próprio atleta, que agora disputará com Eduardo Ramos a vaga de armador central.
“O Bruno Rangel fez mais de 30 gols e praticamente 15 saíram dos pés dele. Nós vamos aos poucos adaptando-o, sabendo o momento que ele poderá entrar e mostrar a qualidade que tem”, garante, ao mesmo tempo em que parece insistir em usá-lo fora da função que o consagrou nas Séries C e B do Campeonato Brasileiro. “É posicionamento e adaptação. A gente sabe que ele é um jogador mais cadenciado e sabendo que o futebol paraense é mais de velocidade, é preciso arranjar um espaço para ele entrar no time depois”, encerra.
Diário do Pará, 29/01/2014