Como é de costume, o técnico Roberto Fernandes, dependendo do resultado de seu grupo, se posiciona sempre de forma contundente, seja através de elogios ou por meio de críticas. Na avaliação sobre o empate, o comandante deixou claro que não esteve satisfeito com o número de chances desperdiçadas, ressaltou a frieza do adversário em buscar os defeitos do grupo e agradeceu muito os esforços do time, que possibilitaram o empate no último minuto dos acréscimos.
“Nosso adversário foi focado dentro do nosso erro. É muito mais fácil do que construir. O gol deles foi conseguido através de uma falha nossa. Nós falhamos e erramos nas finalizações, no número de criações, e o futebol é resultado. Nesse caso, dos males, o menor, porque poderíamos ter perdido para um adversário que não foi melhor em campo”, disse.
Taticamente, a equipe se comportou conforme a necessidade e o andar do cronômetro. No primeiro tempo, o Remo foi visivelmente superior, mas não finalizava. Lá atrás, na defesa do Moto Club (MA), um trio de zagueiros dificultava a vida do ataque azulino. Ainda assim, o empate só saiu por meio de bola parada. Temendo sofrer o pior, o treinador sacou um meia (Robinho) para a entrada de um atacante (Val Barreto). O sufoco, por meros detalhes, não foi catastrófico.
“Colocamos três atacantes em cima dos três zagueiros grandes e centrais, que não saíam para o jogo. Antes do pênalti, nós já tínhamos criado o lance do Rony, o lance do Val Barreto, criamos com o próprio Leandro Cearense, mas isso é uma quetão de amadurecimento. Série D é muito mais transpiração do que talento. É uma questão simples. Dos 41 clubes, nada menos que 14 foram campeões estaduais”, conclui Fernandes, que terá uma semana até o jogo do dia 27/02, em Teresina (PI), contra o River (PI).
Diário do Pará, 21/07/2014