Embora tenha vivido uma relação de amor e ódio com o Clube do Remo, o meia Eduardo Ramos, após a sua saída por empréstimo ao Joinville (SC), em junho deste ano, dividiu opiniões sobre seu retorno à Belém. Muitos, que antes o criticavam, sentiram na pele a ausência de um armador por toda a Série D que ao menos se assemelhasse ao ex-camisa 33.
Indiferente à torcida, a diretoria do Remo, antes mesmo das eleições, já acenava com a possibilidade de retorno do atleta, de quem 70% dos direitos federativos e contrato até dezembro de 2015. O pai e procurador do atleta, Carlos Martins, se posicionou de forma positiva ao retorno dele a Belém, dependendo apenas do interesse do clube e da manutenção do acordado no contrato.
“Não há nenhum impedimento para que ele volte, precisamos apenas sentar com a diretoria para saber do interesse na volta dele”, disse, garantindo que dificilmente o meia permanece no time catarinense, onde obteve o acesso para a Série A.
“O Joinville (SC) fez um investimento alto para subir, mas o Eduardo não foi titular absoluto. Com o fim da temporada, o técnico deve renovar e se assim for, dificilmente ele fica”, contou.
Apesar disso, caso não seja o Remo, o meia ainda tem mercado em outros clubes e desfruta de certo status. Somente da elite paulista, segundo Martins, são três propostas, além de um convite de um clube pernambucano que disputa a Série B. Todas as sondagens, no entanto, são de empréstimos e tudo leva a crer que Eduardo poderá vestir a camisa azulina em 2015.
“Para falar a verdade, o Eduardo até se arrependeu de ter saído do Remo. Ele não tem problema nenhum de voltar, independente de série. É um jogador estabilizado, não joga mais tanto por dinheiro e não tem muitos anos pela frente no futebol”, acrescenta, sem esquecer que um condicionante para o retorno é a manutenção do salário acordado – R$ 50 mil.
“Garantindo o que foi firmado, salário e tudo mais, ele volta. O Eduardo sentiu o peso da responsabilidade de jogar no Remo, mas tem futebol. Se talvez ele não tivesse usado a ‘camisa 33’, o destino seria diferente”, encerra.
Diário do Pará, 09/11/2014